1725, Histoires de Parfums

Mais uma das amostras de luxo da amiga Andréa Faria! 1725 representa a família olfativa Aromática Fougere (Fougere deriva da palavra francesa “fougere” ou “fern”, que significa samambaia. O perfume que deu origem a este grupo é o perfume Fougere Royal da casa de Houbigant, criado por Paul Parquet em 1882. Nas composições Fougere são comuns notas de lavanda (alfazema), gerânio, musgo, cumarina e madeiras).

1725 é daqueles perfumes que eu não sei: não sei se gosto, não sei se compraria… tem dias que adorei, tem dias que achei banal.

Começa intenso, com altas doses de cítricos doces, lavanda e algo picante, coisa de especiaria. Mas dura pouca esta intensidade viu? Logo deixa predominar a lavanda misturada ao doce/picante/amarguinho/medicinal do alcaçuz e do anis estrelado. Aí que começa minha indecisão em relação ao 1725: achei comum? Achei gostoso? Elegante? Sensual? Misterioso? Talvez de tudo um pouco…

Meu problema com ele é após que duas horas de uso, mal o sentia na pele, precisava afundar o nariz na ‘dobrinha’ entre o braço e o antebraço para senti-lo. E aí encontrei nele âmbar, baunilha, madeira molhada, algo mofado e terroso. Jurei que era uma das ‘caras’ do patchouli, mas esta nota não consta em sua pirâmide. E outra vez encontro a indecisão: que beleza de combinação, esta que deixou o 1725 com cheiro de ‘dobrado’, de guardado em gaveta com pout-pourri, de chão de floresta em dia de chuva!

E aí vejo que ele representa lindamente a família olfativa a qual pertence, que é um perfume próximo, a flor-da-pele, quase íntimo. Tem um atalcado ‘suado’, agridoce, sexy!

E me deu vontade de ter lençóis cheirando a 1725…

Notas de saída: bergamota, cítricos, grapefruit, alcaçuz.

Notas de coração: lavanda, aniz.

Notas de fundo: baunilha, amêndoas, sândalo, cedro, âmbar.

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PS. depois de escrever o post, descobri no site da marca que ‘1725’ recebe esse nome em homenagem ao ano de nascimento de Giacomo Girolamo Casanova (02/04/1725, Veneza). Famoso libertino e mulherengo, a simples menção ao ano de nascimento do safadinho me fez pensar em lençóis mesmo 217 anos após sua morte… e olha que nem bonito o cabra era…

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