Orchid Soleil, Tom Ford

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Como o nome sugere, é o representante veranil da grande família Black Orchid. E gente… que perfume bonito!

Usar esse perfume te conta a história de uma flor branca. Te convida a repousar dentro dela em botão e desfrutar dos primeiros raios de sol no momento de seu desabrochar. Nossa, como ficou bonito isso!

Bom, perfume é uma coisa muito pessoal, e vou falar dele sem grandes pretensões, exatamente como o senti. Ao passar na pele senti um amargor, algo verde. Me fez pensar na hora em um caule suculento de um copo-de-leite sendo mordido.

Logo depois desse momento veio a sensação de estar dentro do botão, da flor prestes a abrir. Era tão animálico, tão orgânico, pulsante!

E aí a flor, banhada do sol morno da manhã, desabrocha. Vai, espreguiça e respira fundo! A flor branca ganha a mesma nuance do jasmim presente e reinante no Alien da Thierry Mugler, se torna adocicada e brilhante. Mas olha, nada de espalhafato, o negócio aqui é ainda orgânico e vital, o cheiro serve para atrair polinizadores e cumprir sua função de flor: dar sequência à vida da planta.

Depois deste espetáculo todo o perfume ainda mostra que tem baunilha e algo cremoso e comestível. Sabe, achei que parece Nutella (a versão gourmet do nosso antigo ioio cream, não é?).

A aí, lá no finzinho tem algo de orquídea nele. Aquela orquídea de cheiro cremoso e exótico, dessas flores que só aparecem uma vez por ano (quando bem cuidadas) e talvez seja por isso tão preciosa.

Lindo, o Orchid Soleil, lindo!

Lançado em 2016 e criado por Sonia Constant.

Notas de saída: pimenta rosa, cipreste, laranja amarga.

Notas de coração: tuberosa, lírio vermelho.

Notas de fundo: baunilha, patchouli, castanha, chantilly, orquídea.

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Black XS, Paco Rabanne*

Sabe, eu nasci em 1980. E acho que é um mal de toda a geração 80 ser saudosista. Ou talvez porque de fato, os anos 80 foram os últimos que permitiram a fantasia e a real demonstração do que de fato somos. Depois que vieram os perfumes de ar-condicionado dos anos 90 (entre tantas outras inovações tecnológicas), essa ‘fantasia’ acabou se perdendo…

Fato é que esses dias assisti o trailer do que deveria ser a personificação de um dos desenhos preferidos das meninas da década mágica: Jem e as Hologramas! O desenho era tão, mas tão glam rock que acho que influenciou meu gosto musical para sempre! E tinha a ‘banda rival’, as Desajustadas (Urânia, Roxy, Electra e Jetta). Bom, para mais da história do desenho clica no link aí em cima!

O tal do filme NADA tem a ver com o desenho que em 1988 passava no SBT. Se passa nos dias atuais, não tem brinco de estrela, não tem computador holográfico, não tem cabelo de poodle, não tem glam rock. E eu que pensei que as ‘novas’ Hologramas e a própria Jem cheirariam a Black XS, me enganei. Não merecem o Black XS, não merecem… As meninas do desenho oitentista deviam usar o que? Opium pras Desajustadas e Poison pra banda da Jem?

Enfim, saudosismo, descontentamento e Jem a parte, vamos ao Black XS… O perfume tem uma campanha publicitária focada no rock, em atitude. Teve flanker com o Iggy Pop como garoto propaganda! Teve ‘Heart of Glass’, do Blondie!

Black XS tem um belo frasco e um cheiro bem bom! Começa com notas frutais adocicadas e com o patchouli marcando presença desde o primeiro momento, escuro e achocolatado. Passado algum tempo ele se cansa de doçura arrogante/misteriosa e parte para uma feminilidade mais segura, deixa aparecer as rosas e as violetas que me fazem lembrar de maquiagem e batom. O cacau disputa espaço com o patchouli, mas acabam por se entender e ficam bem bonitos juntos.Lá no final ainda aparece uma baunilha comedida, que vai reforçar a união do patchouli e do cacau. Tem mais coisa, tem uma nota amadeirada e leitosa, lembra um pouco o sândalo mas não é. Tem algo de coco, algo de noz-moscada…

O mais divertido é que o patchouli perceptível nas notas de saída dá uma pinta de macheza às frutinhas! E aí vem o cheirinho boudoir da maquiagem e se junta a descompromissada brincadeira… interessante isso!

Embora seja sim intenso, Black XS tem projeção mediana, se não usado em excesso não vai ferir o sentido alheio.

Foi criado em 2007 por Emilie (Bevierre) Coppermann e Mark BUxton.

Notas de saída: cranberry (oxicoco), pimenta rosa, tamarindo.

Notas de coração: rosa, violeta, cacau.

Notas de fundo: patchouli, baunilha, madeira massoia.

E um último desejo: Paco Rabanne, desejo um flanker que tenha a campanha publicitária estrelada pelo Def Leppard!!!!

*Post Republicado (original em setembro/2015)

Dahlia Divin Le Nectar De Parfum, Givenchy

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Que nome comprido! E engraçado, sempre que vejo algum perfume da família ‘Dahlia’ da Givenchy lembro do macabro e misterioso assassinato de Elizabeth Sort, conhecida como The Black Dahlia. O crime ficou eternizado não apenas pela brutalidade e principalmente por permanecer sem solução. Nem vou colocar links porque a coisa é pesada.

Bom, nada a ver o perfume com a moça esquartejada.

Rosângela, mais uma vez agradeço a generosidade pelo envio as amostras!

Dahlia Divin Le Nectar De Parfum – a partir de agora só Dahlia – é muito do bom, mas o nome promete mais do que entrega. Quando falam de ‘néctar de perfume’, penso em um extrato, aquela coisa oleosa e de durabilidade eterna na pele. Mas não. Dahlia se comporta qualquer outro perfume.

Taí um perfume que me enganou! Jurava que tinha muitas frutas maduras e suculentas, achei ali manga, pêssego, pêra. Oficialmente não tem nada disso.

Na verdade toda essa coisa doce, melíflua e frutada vem da mimosa. Florzinha lindeza, carrega em si toda a exuberância, brinca de ser outras coisas…

Logo na sequencia aparece um jasmim moderno, desse que está aparecendo em muitos perfumes, com tonalidade gourmand, brevemente picante e solar.

As notas finais de Dahlia são atalcadas e ‘fofas’, outra vez fui enganada, achei que tinha aqui uma porção de heliotrópio. Mas esse efeito deve vir da combinação da baunilha com a fava tonka e o montão de almíscar. Lá no fundinho sente-se o leitoso verde/doce do sândalo.

É um perfume potente, feito para as ‘femme fatales’ da atualidade, que emanam cheiros adocicados.

Notas de saída: mimosa.

Notas de coração: jasmim sambac e rosa.

Notas de base: vetiver, sândalo, baunilha, fava tonka, almíscar.

Criado por Francois Demachy em 2016.

 

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Todo mundo gosta! Vamos então viajar no tempo!

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Quer mais? Aqui temos um excelente apanhado de imagens de anúncios antigos não só de perfumes, mas de itens de higiene e beleza em geral. Ou você lembra ou já ouviu algum familiar de idade mais avançada comentar! Que tal conhecer o que deixava as pessoas de décadas passadas mais bonitas?