Que nome comprido! E engraçado, sempre que vejo algum perfume da família ‘Dahlia’ da Givenchy lembro do macabro e misterioso assassinato de Elizabeth Sort, conhecida como The Black Dahlia. O crime ficou eternizado não apenas pela brutalidade e principalmente por permanecer sem solução. Nem vou colocar links porque a coisa é pesada.
Bom, nada a ver o perfume com a moça esquartejada.
Rosângela, mais uma vez agradeço a generosidade pelo envio as amostras!
Dahlia Divin Le Nectar De Parfum – a partir de agora só Dahlia – é muito do bom, mas o nome promete mais do que entrega. Quando falam de ‘néctar de perfume’, penso em um extrato, aquela coisa oleosa e de durabilidade eterna na pele. Mas não. Dahlia se comporta qualquer outro perfume.
Taí um perfume que me enganou! Jurava que tinha muitas frutas maduras e suculentas, achei ali manga, pêssego, pêra. Oficialmente não tem nada disso.
Na verdade toda essa coisa doce, melíflua e frutada vem da mimosa. Florzinha lindeza, carrega em si toda a exuberância, brinca de ser outras coisas…
Logo na sequencia aparece um jasmim moderno, desse que está aparecendo em muitos perfumes, com tonalidade gourmand, brevemente picante e solar.
As notas finais de Dahlia são atalcadas e ‘fofas’, outra vez fui enganada, achei que tinha aqui uma porção de heliotrópio. Mas esse efeito deve vir da combinação da baunilha com a fava tonka e o montão de almíscar. Lá no fundinho sente-se o leitoso verde/doce do sândalo.
É um perfume potente, feito para as ‘femme fatales’ da atualidade, que emanam cheiros adocicados.
Notas de saída: mimosa.
Notas de coração: jasmim sambac e rosa.
Notas de base: vetiver, sândalo, baunilha, fava tonka, almíscar.
Criado por Francois Demachy em 2016.