O Patchouli ou Oriza, como é conhecido em algumas regiões do Brasil (Pogostemon cablin, Pogostemon heyneanus ou Pogostemon patchouly família Lamiaceae) é originário da Índia e seu nome provém da língua tamil: patchai (verde) e ellai (folha).
A planta é uma erva arbustiva que chega a atingir cerca de 60 cm de altura. Ainda que prefira clima quente, não gosta de exposição direta à luz do sol e murcha facilmente se não receber a quantidade certa de água por dia. As sementes são muito frágeis e são facilmente destrutíveis. Pode-se propagar, contudo, por estaca (ramos cortados ganham raiz em solo úmido ou em água).
A planta foi trazida para o Oriente Médio ao longo da rota da seda, e foi graças ao famoso conquistador Napoleão Bonaparte que o patchouli chegou à Europa. Napoleão trouxe para a França um par de xales de caxemira que ele encontrou no Egito. Os xales eram impregnados de óleo de patchouli, que foi usado para repelir insetos e protege-los de mariposas, mas a origem do perfume foi mantida como segredo.
O patchouli se tornou inicialmente conhecido na Inglaterra em 1820, quando foi usado para impregnar os xales indianos que ficaram tão na moda que os desenhos eram copiados pelos tecelões de Paisley para serem exportados para muitas outras partes do mundo. Contudo, era impossível vendê-los se não cheirassem a patchouli. Na década de 1860, o aroma de patchouli possuía a mesma popularidade na Inglaterra como teria na década de 1960. Durante os anos 60 e 70 este óleo perfumado pungente que tem uma forte referência oriental era usado pelos hippies, que muitas vezes eram ligados ao movimento Hare Krishna. Infelizmente, os hippies contribuíram para a má reputação de óleo de patchouli, porque eles fizeram surgir formulações sintéticas de má qualidade para atender a demanda do mercado.
O aroma de patchouli é descrito como terroso e herbáceo com o coração verde rico e uma base amadeirada. O perfil olfativo de óleo de patchouli, no entanto, depende fortemente das técnicas de cultivo, o tempo da colheita, o processo de secagem e técnicas de destilação. O óleo de alta qualidade é obtido a partir de apenas 3-4 pares superiores de folhas maduras, em que a concentração mais elevada do óleo puro é encontrado. A secagem adequada é assegurada pela colocação das hastes cortadas e folhas em uma superfície seca e virá-los com frequência para evitar a fermentação rápida. Quando o processo estiver completo, as folhas são retiradas dos caules e colocados em cestos para permitir a fermentação e liberação de seu aroma. A qualidade final dependerá também da habilidade do produtor, que controla o nível de fermentação. Apenas um pequeno número de destilarias é especializada na produção deste extrato altamente refinado, que encontra a sua utilização em alta perfumaria.
O oleo de patchouli é obtido por destilação a vapor ou CO2-extração das folhas secas. O óleo tem um sabor rico, balsâmico e herbáceo com um tom mentolado-lenhoso. O absoluto é um líquido verde escuro obtido por extração com solvente de folhas secas. O absoluto tem um aroma rico, pronunciadamente doce, herbáceo e de tom balsâmico.
Uma das características mais maravilhosas do óleo de patchouli é que ele torna-se ainda melhor com a idade. O óleo recém destilado tem propriedades menos ricas em termos de aroma do que um óleo mais “velho”.
Alguns perfumes com notas de patchouli:
Angel, Thierry Mugler
Vanille Patchouli, Molinard
Midnight Poison, Dior
Coco Mademoiselle, Chanel
C’est La Fete Patchouli, Christian Lacroix
Mon Parfum Cheri par Camille, Annick Goutal
Let it Rock, Vivienne Westwood
Tom Ford for men Extreme
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Patchouli
http://www.fragrantica.com/notes/Patchouli-34.html
http://www.renatahermes.com.br/2014/01/oleo-essencial-de-patchouli/