Durante seu reinado, a rainha Hatshepsut enviou uma expedição a Punt (a moderna Eritréia) e de lá trouxeram bens preciosos como ébano, marfim, ouro e incenso. Aparentemente a expedição trouxe árvores de mirra, que foram plantadas nas redondezas do templo funerário da rainha.
Na tumba do faraó-menino Tutancâmon foram encontrados óleos perfumados de cedro, olíbano, mirra, coentro. Eram tanto utilizados nas bandagens que envolviam seu corpo quanto preservados em jarros de alabastro específicos para tal fim, os chamados Alabastrons.
Dentro de tais frascos (riquíssimos, aliás: urnas incrustadas com ouro, potes de cerâmica delicada e calcedônias) os unguentos e óleos eram preservados por muito tempo. Pesquisadores encontraram em um dos jarros da câmara mortuária do faraó um unguento poderia ser recriado da seguinte forma, atualmente.
Perfume de Tutankhamon:
Um quarto xícara de óleo de coco
6 gotas de óleo essencial de nardo
6 gotas de óleo essencial de olíbano
A recriação historicamente correta de unguento precioso de Tutankhamon pode envolver gordura de ganso para a base. A versão mais palatável para o gosto moderno pode ser o óleo de coco.
O ungüento perfumado encontrado na tumba de Tutancâmon era de natureza sólida. Observadores da época citam o aroma similar ao óleo de coco e também lembrando o cheiro de valeriana (Valeriana officinalis).
O perfume foi analisado em 1926 e verificou-se consistir de gordura animal e de uma resina ou bálsamo. Na época eles eram incapazes de ser mais específicos. No entanto, o componente perfumado primário é acreditado agora para ser primo de valeriana, o antigo e precioso nardo (Nardostachys jatamansi).
A reputação do nardo é antiga. É um ingrediente em algumas fórmulas para Kyphi, o famoso perfume sagrado egípcio. O nardo também foi um componente do incenso sagrado oferecido no Templo judaico de Jerusalém. Ele é mencionado nada menos que três vezes no Cântico de Salomão.
Continua…