Já falamos sobre perfumes no Antigo Egito? Já sim, você pode ver aqui, aqui e aqui.
Porém, em 2016 fui chamada para fazer uma palestra online no Ciaroma 2016 e agora resolvi trazer para vocês parte do texto que elaborei para o evento! O tema que desenvolvi foi justamente a Perfumaria no Antigo Egito.
Como não se fascinar pela história das civilizações antigas, ainda mais quando há relação com a perfumaria!
Vamos lá então?
Antes vamos pontuar algumas coisas sobre a história da perfumaria no geral. A palavra perfume vem do latim ‘per fumum’, que significa ‘através da fumaça’. Isso nos leva a tempos imemoriais onde os homens faziam oferendas e atraíam a atenção de suas divindades adicionando ao fogo ervas, resinas, madeiras que modificavam o odor da fumaça, que a fazia ser perfumada.
O perfume era uma forma de ligar o homem ao sagrado.
O perfume como conhecemos hoje começou a tomar forma no final da Idade Média, quando surgiram águas aromáticas de finalidades medicinais, em uma época que o banho era evitado. Em 1370 surgiu a precursora da água de colônia, que era um preparado inspirado na então Rainha da Hungria. Foi chamado de ‘Água da Hungria’ e era composto de de alecrim, resinas e destilado alcoólico.
Durante o Renascimento a arte da perfumaria teve ascensão. Em 1533, quando a nobre Catarina de Médici mudou-se para a França a fim de casar-se com Henrique ll, levou em seu séquito o perfumista Rene Blanc, chamado de ‘O fiorentino’. Ele fundou a primeira boutique de perfumes de Paris.
No início do século XVIII o barbeiro italiano Giovanni Paolo Feminis, residente em Colônia, na Alemanha, comercializava a chamada acqua mirabilis composta de essências naturais da Itália (neróli, bergamota, alecrim e lavanda diluídos em álcool neutro). O sucesso foi tanto que seu parente Giovanni Maria Farina (que ficou conhecido como Jean Marie Farina) veio ajuda-lo na produção. A fórmula fora registrada com o nome de 1714 Água de Colônia e o mundo tornou-se mais perfumado!
Coisa muito recente no mundo da perfumaria é o borrifador. Nos anos 60, 70 o perfume não tinha nenhum tipo de válvula, era passado com os dedos. Virava-se o vidrinho, e com os dedos colocava-se o perfume nos pontos escolhidos do corpo. Na minha opinião, isso torna o ato de perfumar-se muito mais íntimo e sensual, envolve outro sentido além do olfato, o tato. Porém existe o risco de contaminação do perfume, em seus dedos podem existir bactérias e partículas diversas que podem acelerar o processo de oxidação do produto e até mesmo existe o risco de desenvolver uma alergia em virtude do líquido contaminado.
Continua…