Raghba, Lattafa Perfumes

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Ah, a perfumaria oriental… Arábia das mil e uma noites, das especiarias, do exotismo, do Taj Mahal, dos sultões e haréns, Arábia dos sonhos! Prefiro essa concepção do que a triste realidade das constantes guerras que envolvem os países do Oriente…

Descobri Raghba através de um grupo de ‘perfumólatras’ de uma rede social. Fiquei tão curiosa sobre tal perfume considerado unissex que precisei comprar! E por um preço lindo, diga-se de passagem! O meu veio dos Emirados Árabes através do Ebay.

Raghba é cálido, exótico e ‘casa’ com a pele de forma sedutora! Apesar de ser considerado unissex, não sei como se comporta na pele masculina, meu marido tem certa aversão a perfumes doces e densos, então não quis experimentar. Eu tenho uma característica, confesso: em mim os perfumes doces ganham intensidade impressionante. Raghba não foi diferente: ficou bem abaunilhado, ambarado, com cheiro de marron glacê

Não achei quase nada sobre ele na internet, apenas a definição: ‘baunilha, madeiras, especiarias, doce, morno’. E não precisa mais, é isso mesmo!

Madeiras aquecidas pelo sol, especiarias doces, baunilha profunda, escura e licorosa, âmbar pungente, mel. Nada de flor, nada de fruta. É um perfume feito de notas de fundo, intenso, linear, apetitoso. Tem grande apelo gourmand, mas nada juvenil com cheiro de caramelo. É adulto, misterioso, luxuriante! Tem a cara do Oriente! 

A caixa é lindamente ornamentada, parece um mosaico. O vidro é bem simples e sem enfeites, apenas o nome do perfume em tonalidade dourada. 

Sua fixação e sillage são impressionantes: mais de 8 horas na pele, mais de 1 dia em roupas (passei e logo em seguida coloquei um cachecol, e o cheiro está maravilhosamente   incrustado nele faz mais de 24 horas.

Se você é fã das bombas abaunilhadas e orientais como eu, Raghba vai te encantar! Fãs do Gaultier², rendam-se!

Tal como eu aqui, louca por mais e mais perfumes advindos das Arábias…

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Elvis Presley, o Rei perfumado!

“Compro no mercado e ainda assim sou Rei”.

Elvis é mito, é Rei! Dispensa apresentações, né? Sua figura ainda hoje fatura milhões e suas músicas embalarão a humanidade para sempre (assim espero…). Pesquisando, achei fontes sobre os seus hábitos perfumados. Mesmo tendo condições de ter os mais caros perfumes, Elvis tinha por costume comprar colônias e perfumes em lojas de departamentos e supermercados! Viu, ele era “gente como a gente”!

Dois perfumes são citados com frequência quando o assunto são as preferências de Elvis: Brut, da Farbege, criado em 1964 e Jovan Musk, da Jovan, criado em 1973. Ambos ainda são produzidos e encontrados com certa facilidade em lojas nacionais e internacionais. E ainda são baratinhos, como devem ser as colônias vendidas em lojas populares.

Eu pessoalmente gosto bastante da clássica colônia Brut. É atemporal, como o Elvis!

Fonte: http://dalvaeelvis.blogspot.com.br/2011/04/elvis-na-intimidade.html

Comme des Garcons Series 3 Incense Avignon

Mais uma amostra gentilmente cedida pelo Dênis! E digo: não é um perfume, é uma experiência mística!

Avignon faz parte da coleção “Incensos” da marca Comme des Garcons, que conta com “odores” das principais religiões do mundo (Avignon – Catolicismo; Ouarzazate – Islã; Zagorsk – Cristianismo Ortodoxo; Jaisalmer – Hinduismo; Kyoto – Budismo e Xintoísmo), e usá-lo é mesmo um viagem a um local sagrado e religioso! Cheira ao melhor incenso de igreja que você porventura já sentiu. Daqueles usados nas missas importantes, nos dias santos e na conclamação do novo Papa (não sei se muda o incenso para tais festividades, mas quero acreditar que sim).

É rico, denso, esfumaçado, balsâmico, hipnótico. É ao mesmo tempo uma prece é uma blasfêmia! Como fazer um perfume corporal algo tão sagrado para tantas pessoas? É uma ousadia incrivelmente bela!

Foi criado em 2002 por Bertrand Duchaufour e se nome vem da cidade de Avignon, no sul da França, e foi um centro católico muito influente no século 14. Tem cheiro de catedral. De pedras polidas, de tapeçarias, de vitrais, de tapetes de veludo vermelho, de bancos de madeira, todos devidamente impregnados pela constante e secular defumação do Frankincense.

Notas: ládano, especiarias, patchouli, musk, musgo-de-carvalho, cedro-da-Virgínia, camomila, pau-rosa, ambrette, olíbano, incenso, mirra, resina elemi, baunilha.

Entre suas notas, o mais evidente é o olíbano, a mirra, as notas amadeiradas e incensadas. A camomila aparece, dá profundidade e ao mesmo tempo leveza para a fragrância.

Por mais que eu fale dele, por mais que eu compare ao famoso incenso denominado Frankincense, ainda assim não conseguirei explicá-lo. É um perfume para ser vivenciado. É rico, é mágico, é espiritual!

Joop! Le Bain

Da série: marcas que amo…

Achei ele por uma precinho barbada! Que felicidade! Estava atrás desta belezinha faz um tempo já. Recebi uma amostrinha em uma troca e me apaixonei!

Foi criado em 1989, mas não tem nada dos florias opulentos e até mesmo agressivos da década de 80. Ele é puro conforto. Oriental, intenso, porém delicado. Tem uma das baunilhas mais domesticadas que conheço, e no final, tem mesmo é cheiro de óleo Johnson’s Baby. Não, não é a gripe não. Tanto que nem senti ele hoje, falo baseada nas lembranças olfativas dos dias em que usei com parcimônia a amostrinha querida!

Notas de saída: aldeídicos, flor-de-laranjeira, bergamota e limão.

Notas de coração: sândalo, jasmim, lírio-do-vale, cedro, rosa.

Notas de fundo: fava-tonka, baunilha, âmbar, patchouli, musk.

Abre meio medicinal, resinoso. As notas cítricas para dizer a verdade, nunca as senti. Sinto sim um acorde verde e aldeídico bem breve, mas acho que vem do jasmim e do lírio-do-vale. A flor-de-laranjeira também é sutil, dá uma nuance floral-brejeira nos primeiros minutos. O que sinto bem são as notas de fava-tonka, baunilha, musk e âmbar. O patchouli é discreto, nada de cheiro terroso, é só doce e profundo. O almíscar sim, vem e dá seu show morno e úmido (sexy, não?). 

Sabe o que acho engraçado no Joop! Le Bain? Ele evolui de forma piramidal, convexa. Pois é, ele sobe, sobe, sobe, depois desce devagar (Compadre Washington, não me processe por plágio, ok? – ficou ‘É o Tchan’ essa descrição…), sinuoso. Mostra rápido suas ‘intimidades’, as notas de fundo, mas depois deixa participar do desfile suas notas de coração. Daí sim, sente-se o sândalo, o jasmim, o toque amadeirado-resinoso do cedro. Quanto a rosa… só se for talco de rosas, aquela coisa empoeirada e doce, bem talco de toucador mesmo. Daí sim, consigo sentir tal nota integrada ao Le Bain. 

Enfim, ele é excelente para as/os fãs de baunilha. Mas repito: tem cheiro de óleo de bebê. E quer coisa mais confortável do que isso?

 

 

Kyphi, o perfume dos Deuses no Antigo Egito

A primeira referência ao kyphi é encontrado nos textos das pirâmides: é listado entre os bens que o rei vai desfrutar em vida após a morte. Existe um papiro que registra a doação e entrega de ervas e resinas para sua fabricação nos templos de Ramsés III. As instruções para a preparação de kyphi e listas de ingredientes são encontrados entre as inscrições da parede no templo de Edfu e Dendera, no Alto Egito. 
Médicos gregos que estudaram a farmacologia egípcia citam o kyphi como um medicamento. Dioscorides estabelece a preparação de kyphi na sua ‘Materia Medica’ e esta é provavelmente a primeira descrição grega do material.
Para Isis e Osiris, nos comentários do historiador Plutarco, os sacerdotes egípcios queimavam incenso três vezes ao dia: ao amanhecer incenso, mirra ao meio-dia, e kyphi ao anoitecer. Ele relata que kyphi tinha dezesseis ingredientes e acrescenta, “estes são agravados, não ao acaso, mas enquanto os escritos sagrados são lidos para os perfumistas como misturar os ingredientes”. Plutarco observa ainda que a mistura foi usado como “uma poção e uma pomada”. No século VII o médico Paulo cita um kyphi”lunar” de vinte e oito ingredientes e um kyphi “Solar” de trinta e seis.
Todas as receitas para kyphi fazem menção ao vinho, mel e passas. Outros ingredientes identificáveis ​​incluem: canela, casca de cássia, os rizomas aromáticos de cyperus, cedro, bagas de zimbro, cana aromática, nardo e resinas como incenso, mirra, resina benjoim, labdanum e aroeira.
“Vai um kyphi aí, chefia? Leva dois e paga um!”
 
Alguns ingredientes permanecem obscuros. Receitas em grego e aramaico mencionam ‘aspalathos’, quePlínio descreve como a raiz de um arbusto espinhoso. Os estudiosos não concordam sobre a identidade deste arbusto: Alhagi maurorum, Convolvulus Scoparius, Calicotome villosa, Genista acanthoclada e, mais recentemente, Capparis spinosa foi sugerida.
O fabrico de kyphi tal como indicado no texto Edfu envolve a mistura e envelhecimento de dezesseis ingredientes em sequência. O resultado era enrolado em ‘bolas’ e colocado sobre brasas para liberar uma fumaça perfumada.
Outras referências aos perfumes egípcios:
Quando o túmulo do jovem faraó Tutancâmon foi aberto, entre os conteúdos de luxo encontrados dentro estavam vários frascos muito bem trabalhados e contêineres. Entre eles, um frasco especial para conter um ungüento, ainda perfumado, depois de tantos séculos.
Tutankamon, a cara da riqueza!
 
Unguento é a palavra clássica usado para descrever uma pomada ou um perfume sólido. Apesar da imagem do antigo Egito ocasional ou a descoberta de que certamente parece ser equipamento destilaria funcional nas ruínas de Mohenjo-Daro, tanto quanto sabemos hoje o processo de destilação não foi popularizado até o século 10 de nossa era. Assim, perfumes egípcios eram muito diferentes na textura dos líquidos agora considerados “perfumes”. Para uma comparação, considere os perfumes sólidos atualmente importados da Índia, embalados em pequenos recipientes de madeira ou de pedra esculpida (a semelhança é na textura, apresentação e aparência, não necessariamente na fragrância).
O ungüento perfumado encontrados na tumba de Tutancâmon era de natureza sólida, embora notou-se que ele derreteu e se tornou mais viscoso por causa do calor ao qual foi exposto. Observadores da época citam o aroma similar ao óleo de coco e também lembrando o cheiro de valeriana (Valeriana officinalis), a primeira dica para que o frasco continha provavelmente.
O perfume foi analisado em 1926 e verificou-se consistir de gordura animal e de uma resina ou bálsamo. Na época eles eram incapazes de ser mais específicos. No entanto, o componente perfumado primário é acreditado agora para ser primo de valeriana, o antigo e precioso nardo (Nardostachys jatamansi).
Sua reputação é antiga. É um ingrediente em algumas fórmulas para Kyphi, o famoso perfume sagrado egípcio. O nardo também foi um componente do incenso sagrado oferecido no Templo judaico de Jerusalém. Ele é mencionado nada menos que três vezes no Cântico dos Cânticos. Os gregos antigos tinham uma fragrância baseada em nardo. Foi ungüento de nardo puro, que Maria de Betânia usou para untar os pés de Jesus Cristo, enchendo a sala inteira com seu aroma. Ao invés de sua fragrância maravilhosa, porém, o que é o mais famoso sobre nardo é seu alto custo. Dois dos evangelhos comentam sobre o seu preço. Judas Iscariotes foi aparentemente ofendido com a unção de Jesus, querendo saber por que o frasco da pomada não foi vendido e os recursos se deu aos pobres. À luz da sua descoberta na tumba de Tutancâmon, ele pode ser apreciado que nardo era verdadeiramente uma fragrância para reis.
Por que nardo é tão caro? Por causa de onde ela cresce e a dificuldade de obtenção. É nativo do Himalaia e cresce em altas altitudes. Era embalado em caixas de alabastro esculpidas, cuidadosamente transportado por caravanas e exportados no mundo antigo. Tão recentemente como cem anos atrás, o nardo foi importado do Nepal para o Egito para uso como uma medicina popular. Além de vários usos medicinais, como valeriana, que tem propriedades relaxantes, sedativos, ao nardo também eram atribuídos poderes místicos e românticos.
Hoje, o nardo está disponível como um óleo essencial. Rizomas e raízes secas e trituradas submetidas à destilação a vapor resulta em um líquido dourado pálido. Qual é o cheiro? Não necessariamente o que você poderia esperar de um perfume, se suas expectativas são de um jardim florido. Nardo puro tem um aroma profundo e complexo, uma combinação doce/picante/almiscarado, um cheiro de terra muito orgânico.
A recriação historicamente correta de unguento precioso de Tutankhamon pode envolver gordura de ganso para a base. A versão mais palatável para o gosto moderno pode ser o óleo de coco.
Perfume de Tutankhamon:
Um quarto xícara de óleo de coco
6 gotas de óleo essencial de nardo
6 gotas de óleo essencial de olíbano
Isso é um lótus, nada a ver, só pra ficar bonito…
 
Alguém habilidoso se arrisca a produzir?
 

Ange ou Démon Le Secret “Poésie d’un Parfum d’Hiver” Santal d’Hiver, Givenchy

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“A casa Givenchy encontrou uma nova inspiração na temporada de inverno, a sua magia e atmosfera que começa com o primeiro floco de neve, lançando assim novas edições limitadas de fragrâncias sob o nome Poésie d’un Parfum d’Hiver ou “Poesia de um perfume de inverno “. O Poésie d’un Parfum d’Hiver reflete a magia de paisagens nevadas: luz céu azul, árvores polvilhadas com branco cativante, a magia da queima de lareiras quentes … Estas fabulosas novas edições limitadas nos levam a uma viagem imaginária no coração do inverno” (Fonte: Fragrantica). 

A edição de inverno do conhecido Ange ou Démon Le Secret “Poésie d’un Parfum d’Hiver” Santal d’Hiver (que nome imenso não?) é gustativa, delicada e outonal! Não vejo nele o apelo ultra-sexy do original Ange ou Démon… foi criado em 2010 e tem uma aura “Campos dos Jordão”, acredite! Tem cheiro de torta doce, de madeira, de blusa de lã! É um perfume quentinho, acolhedor e brevemente sensual.

 O frasco é de cor rósea salpicado de branco, o que remete a  noite de Natal europeu e cinematográfico que todos temos no inconsciente. Vamos ser sinceros, aqui é Natal em pleno verão, não tem nada de poético comer carnes gordurosas e frutas oleaginosas com 30°C… Mas sim, comemos! Somos brasileiros e não desistimos nunca… Mas enfim, estamos no outono! E esse perfume é perfeito para esses dias! Digo mais: no inverno “brabo”, aposto que esse perfume vai projetar pouquíssimo na pele, então estamos na ‘época’ perfeita para ele!

 Notas: cranberry, jasmim, chá, sândalo, madeira Guaiac. 

Abre com notas de cranberry (um tipo de fruta vermelha), jasmim e chá. Sinto a frutinha vermelha em contraste com a cremosidade do jasmim e a leve adstringência do chá, que equilibra a “mistura” e não a torna enjoativa. É moderadamente doce e gourmand. Logo depois aparece a nota marcante do sândalo, que domina a composição e dá um toque exótico e amadeirado para o perfume. Quanto a madeira Guaiac, nunca senti seu cheiro, mas é ela quem deve “quebrar” o aroma doce, pungente, quase místico do sândalo e torná-lo mais brando, lenhoso, morno.

 É um bom perfume, doce na medida certa, não é invasivo ou enjoativo. É para dias de friozinho, combina com blusas de lã mais finas e macias. Agora em SP estamos na casa dos 21°C, estou usando ele e está delicioso!

Podia chamar “Poesia de Outono” ia ser muito mais adequado…

 

Diana Alcantara em “Meu Primeiro Perfume”, para o blog Village Beauté

O post de hoje é especial!

Recebi o carinhoso e delicioso convide da querida Dâmaris do blog Village Beauté para participar de sua coluna das sextas, “Meu Primeiro Perfume”. Todas as sextas pessoas são convidadas para falar de suas primeiras vivências perfumísticas, e desta vez eu tive a honra! Dâmaris, muitíssimo obrigada pelo convite! Foi um prazer enorme!

DIANA ALCANTARA EM MEU PRIMEIRO PERFUME

Lumiere, Rochas

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Antes, um pouco da história da casa Rochas, essa linda:

Rochas começou como uma casa de moda francesa fundada por Marcel Rochas em 1925. De 1925 até 1953, quando a alta costura divisão fechou suas portas, Marcel Rochas vestiu mulheres e também valorizou silhuetas femininas tradicionais. Antecipando as necessidades das mulheres modernas, no início a meados do século 20, Rochas foi o primeiro a projetar casacos 2/3 e saias com bolsos. Ele também criou o eterno vestido “sereia”.

A empresa expandiu seu mercado para incluir fragrâncias, começando com um trio de perfumes, Avenue Matignon, Air Jeune e Audace, em 1934. Os perfumes foram retirados do mercado durante a Segunda Guerra Mundial, mas o mais famoso perfume da empresa, o Femme clássico, foi lançado em 1943 e continua a ser um best-seller. Moustache, clássico da perfumaria masculina, foi lançado em 1949. Já criaram perfumes para a casa Rochas: Jacques Cavallier, Michel Almairac, Marcel Rochas, Nicolas Mamounas, Alberto Morillas, Jean-Michel Duriez, Edmond Roudnitska, Amandine Marie, Roger Pellegrino, Guy Robert, Theresa Roudnitska, Anne Flipo e Maurice Roucel.

Agora, o Lumiere…

Lindo exemplar da família floral. Luminoso, como sugere seu nome! Criado em 1984 e relançado em 2000. O perfumista da nova versão é Michel Almairac. É pouco conhecido, infelizmente.

Tem algo frutal nele. Pêras, lichias ou outras frutas sumarentas, doces e deliciosas! Embora tais notas não constem em sua composição, Lumiere tem nuances doces e licorosas, que aparecem de forma ultra-feminina, frescas e sensuais.

Notas de saída: aldeídicos, neróli, bergamota, violeta.

Notas de coração: jacinto, lírio-do-vale, jasmim, rosa, tuberosa, íris, ylang-ylang.

Notas de fundo: cedro, vetiver, fava-tonka, baunilha.

A saída é fresca, com o neróli bem evidente. Logo depois, Lumiere intensifica na pele, fica sumarento, adocicado, licoroso até. A rosa, o jasmim, a tuberosa, o jacinto, a íris, todos estão em festa, girando, girando, besuntados com calda das frutas imaginárias que citei anteriormente. E está uma tarde de sol! Sim, a festa das flores em calda está radiante e morna!

Sinto ainda uma nota borbulhante, parece champanhe, ou melhor, ponche. Estou criativa hoje, cheia de notas inventadas!

As notas de fundo demoram a aparecer, a baunilha, o toque seco da medeira de cedro e o vetiver só chegam na festa já ao entardecer, quando o sol já se foi e as flores já estão cansadas de rodopiar. E dão novo ânimo para tal festança! Chegam em uma linda dualidade doce/verde, aquecendo e refrescando ao mesmo tempo!

Para quem admira a família floral frutal, ele encaixa como uma luva. Para as que admiram florais, entrem na festa sem medo! Aliás, acredito que Lumiere tem potencial para agradar a todas (e todos), ele consegue como ninguém reunir em si muitas nuances e características de diversas famílias olfativas. Se você tiver chance, experimente Lumiere, aposto que ele vai te encantar! Ele tem o toque feérico que muitos perfumes recentes tentam ter, mas passam longe. É delicado, sensual, caloroso. É luz!

 

 

Inizzio della Passione, L’acqua di Fiori – enfim um nacional!

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Continuando a série das amostras carinhosas recebidas da querida Vanessíssima, vou falar de um perfume nacional, da tradicional L’acqua di Fiori. Quando eu era adolescente tinha uma loja lindinha perto de casa… E acho que é a primeira vez que falo de um perfume de marca nacional! Vou tentar fazer mais vezes… se as marcas fornecessem amostras seria mais fácil, porque não sou do tipo que dá praticamente R$ 100,00 numa deo-colônia, mas enfim…

Segundo a descrição do site da marca:

Um perfume jovem, feminino e sensual, inspirado na emoção de um amor que desabrocha, o início de uma paixão.

Um floral moderno que traz a inocência das flores associadas a harmonia das frutas.

Contrastantes notas de Sândalo com a suavidade do musk finalizam com personalidade esta composição.

Inesquecível como o primeiro amor.

Lembrando sempre que estamos falando de uma deo-colônia, própria para nosso clima tropical, portanto, não esperem a fixação de um EDP.

E é uma boa colônia! Levemente adocicada, fresca, limpinha. Romântica, eu diria. Entre suas notas flor de cerejeira, bergamota e sândalo. Na verdade, sinto peônias nele. E uma nota frutal doce-azedinha que torna a colônia confortável e refrescante. Parece framboesa…

Uma boa opção para os dias quentes, quando queremos nos sentir frescas e limpas. Tem cheiro de casa limpa, de roupas de cama trocadas, de aromatizador de ambiente que torna a atmosfera acolhedora.

Cheiro de menina-moça!