
Respeitem as marcas ‘antigas’, elas têm história para contar…
Elizabeth Arden (que na realidade se chamava Florence) era formada em enfermagem. Um dia, em sua cozinha, começou a formular cremes para queimaduras e elaborou loções e pastas cosméticas utilizando gorduras, leites e outras substâncias. Logo a sua cozinha passou a ser seu laboratório e ela começou a dedicar seu tempo em busca do creme perfeito.

Então Elizabeth, aos 30 anos de idade, foi viver seu sonho em NY. Lá ela conheceu um químico e juntos começaram a elaborar o “creme perfeito”, o seu grande sonho. No mesmo tempo ela foi trabalhar em um salão de beleza e dominou a arte da massagem facial.
Em 1910 ela abriu seu primeiro salão de beleza em uma loja na Quinta Avenida. Florence, com sua visão empreendedora, então mudou seu nome para Elizabeth Arden, em homenagem à sua ex-sócia e ao poema “Enoch Arden”, de Alfred Tennyson. Instalou na loja uma porta vermelha luminosa, começando também a divulgar seu negócio com o a propaganda de seus cremes e de sua massagens relaxantes e rejuvenecedoras. Já como Elizabeth Arden, começou a frequentar lugares importantes da sociedade e foi assim que seu salão logo passou a ser conhecido como o melhor da cidade. A partir daí, viajou muito e expandiu os negócios por todo o mundo, montando filiais em vários lugares, construiu um verdadeiro império da beleza.
Quando começou a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth lançou um batom vermelho chamado Montezuma Red, o qual era para ser usado pelas mulheres das forças armadas, para dar vida aos uniformes e um toque a mais de feminilidade #belacorajosaedofront. Ficou também conhecida pela democratização dos cosméticos, graças à fabricação de kits de “home SPA”.

A cosmetóloga morreu aos 88 anos. Foi modelo de determinação, confiança, poder e luta, fez seu sonho se tornar realidade, tornando-se um ícone feminino. Elizabeth foi uma das únicas mulheres de seu tempo a estampar a capa da revista Time e também a apresentar um programa de rádio na NBC, o Elizabeth Arden Way to Beauty (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Arden).
Que máximo né? Uma inspiração, a Elizabeth.
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E sobre o Red Door Aura… o perfume nascido em 2012 é ‘filhote’ do original Red Door (esse de 1989) e os dois têm o mesmo pai, o perfumista Carlos Benain.
Mantém o formato da icônica porta vermelha e conforme o frasco é manipulado, pode ser uma porta branca, vermelha ou de tons róseos. Bem bonito!
É um perfume moderno e jovem, mas tem uma elegância nata, tem berço!
Começa com frutas vermelhas azedinhas e flor-de-laranjeira atalcada. Logo aparecem flores bem femininas e de aspecto plastificado. E encontrei aqui algo de marshmallow: fofo, de textura macia, efêmero na boca… Mas o perfume está longe de ser um gourmand, viu? Tem só uma névoa docinha que o torna aconchegante, nada de excessos.
A Dâmaris disse que o perfume tem uma bela dança entre a flor-de-laranjeira e o jasmim, ambos rodeados de mesas repletas de guloseimas! Que descrição bonita! E é exatamente isso: a festa é das flores mas ao redor, doces de muitas qualidades e formas enfeitam o ambiente e provocam os sentidos!
No final Red Door Aura nos presenteia com uma bela nota amabarada amparada por almíscares que dão aspecto de maciez e ternura. E que sândalo especiado com a cara dos anos 80! É ele que me faz pensar no Red Door-pai de 1989? Que linda referência e homenagem!
A marca conseguiu atender as expectativas de uma nova geração, tornou o perfume moderno e adocicado, mas não banal e entupido de notas açucaradas, como temos visto aos montes!
Uma preciosidade moderna, o Red Door Aura!