Les Orientaux: Musc, Molinard

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Está friozinho em SP! Aquele de outono, com solzinho morno! E as noites estão lindamente frias! Dá vontade de tomar vinho, chocolate quente, ficar embaixo das cobertas… E ainda posso usar meus perfumes mais fortes sem causar desordens nos locais públicos…

Les Orientaux: Musc, é para ser usado com moderação ou torna-se um monstro. Tem nele algo da selvageria do Muscs Koubai Khan, do Serge Lutens – aquela coisa animálica, quente, sensual, sujinha – misturada a notas gustativas e adocicadas, que aparecem depois de algumas horas de uso.

Como no KK do Sr. Lutens, o Musc da Molinard ‘amansa’: de indomável se torna selvagem, de selvagem fica arisco, e com as horas de convívio até mesmo mostra facetas doces. É aquele gato arisco que com o tempo se acostuma com o dono e as vezes até deixa pegar no colo. Recebe carinhos breves, mas nunca se deitará de barriguinha pra cima fazendo charme e pedindo atenção…

Suas notas olfativas oficiais me confundem. Sinto sua pirâmide toda desordenada. Minha percepção: abre com almíscar bruto, aquela coisa entre o doce e o sujo, o atraente o o repulsivo. Depois de algumas horas aparecem a tonka e a baunilha para adoçar a vida de quem está usando o perfume. Sinto ainda ambrette, o chamado ‘almíscar vegetal’, que conheci enquanto matéria prima em uma vista ao Dênis Pagani. Se não me engano, pertencia a uma amiga em comum que também estava nessa visita, a Careimi

Lá no final aparece tímido o sagrado sândalo, envergonhado em meio a tantos aromas profanos, gulosos e carnais. As avelãs  citadas nas notas oficiais aparecem junto com o sândalo: os dois, de mãos dadas trazendo algo leitoso, farinhento.

Notas de saída: avelãs.

Notas de coração: sândalo, baunilha.

Notas de fundo: almíscar, cumarina.

Foi criado em 1995 e é de excelente custo-benefício, como a maioria dos perfumes da Molinard.

Agora vou fazer jus ao nome do blog, aloucadosperfumes vai dizer o que acha de verdade: misture com o Koubai Khan do Lutens um pouco do Bal a Versailles e um pouco do Chocolovers da Aquolina. Agora chacoalha pro bicho ficar bravo e depois dá uma aguadinha na mistura. Vai explodir? Vai. Moderem nas borrifadas.

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Imagem retirada daqui: http://www.caliandradocerrado.com.br/2012_04_01_archive.html

 

 

Animale Animale for Men, Animale

 

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Confesso que corri atrás dele pelo fato de que 26 pessoas no Fragrantica.com o compararam ao A*Men Pure Havane (Thierry Mugler). Não entrarei no mérito comparativo, mas afirmo que não me arrependi da compra. Perfeitamente compartilhável, cálido, exótico, cheio de contrastes olfativos. Gosto assim!

E considerado Oriental Amadeirado (com um pé no gourmand) e foi lançado em 1994.

Abre com lavanda intensa e temperada com calda de abacaxi, da que vem na lata da conserva – sintético, manja? Os cítricos – a lima e o limão – encontro ao cheirar o perfume no frasco, aquela coisa de casquinha fininha coberta de açúcar. Mas na pele não senti.

O coração de tal animal é exótico, dual, sem preconceitos: é floral, especiado, abaunilhado. Homem que na rua fuma cachimbo, carrega jornal embaixo do braço e usa chapéu panamá. Em casa põe avental e se esbalda na cozinha, testa receitas e faz doces caramelados cantarolando! Uma nova representação de masculinidade que tenta se fixar no inconsciente coletivo da humanidade. O homem-feminino do Pepeu Gomes… O homem que não tem que seguir estereótipos para provar que é de fato representante do sexo masculino…

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Sinto mel, noz-moscada, chocolate-amargo, ylang-ylang, rosas, muguet, erva-doce (a sementinha esmagada)… Tem tabaco úmido… aromático, o balck cavendish com aromas de rum, baunilha, frutas secas… No final, madeiras bem pronunciadas e toque doce-terroso do patchouli.

Acho eu que pegou carona no sucesso da estrela Angel de 1992…

Enfim, suas notas oficiais são: abacaxi, lima, limão, lavanda, mel, jasmim, ylang-ylang, rosa, lírios, noz moscada, gálbano, baunilha, sândalo, almíscar, cedro, âmbar, patchouli, tabaco.

Sabe o que eu acho? Que o Animale Animale é filho bastardo de Thierry Mugler…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Perfumados Fragmentos Literários – ‘O Perfume’ – Estórias Abensonhadas, de Mia Couto

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Di Cavalcanti, Abigail(óleo sobe tela – 65 x 45 cm. – 1947)

 

O PERFUME

— Hoje vamos ao baile!
Justino assim se anunciou, estendendo em suas mãos um embrulho cor de presente. Glória, sua esposa, nem soube receber. Foi ele quem desatou os nós e fez despontar do papel colorido um vestido não menos colorido. A mulher, subvivente, somava tanta espera que já esquecera o que esperava.
Justino guardava ferrovias, seu tempo se amalgava, fumo dos fumos, ponteiro encravado em seu coração. Entre marido e mulher o tempo metera a colher, rançoso roubador de espantos. Sobrara o pasto dos cansaços, desnamoros, ramerrames. O amor, afinal, que utilidade tem?
De onde o espanto de Glória, deixando esparramejar o vestido sobre seu colo. Que esperava ela, por que não se arranjava? O marido, parecia terensaiado brincadeira. Que lhe acontecera? O homem sempre dela se ciumara, quase ela nem podia assomar à janela, quanto mais.
Glória se levantou, ela e o vestido se arrastaram mutuamente para o quarto. Incrédula e sonambulenta, arrastou o pente pelo cabelo. Em vão. O desleixo se antecipara fazendo definitivas tranças. Lembrou as palavras de sua mãe: mulher preta livre é a que sabe o que fazer com seu próprio cabelo. Mas eu, mãe: primeiro sou mulata. Segundo, nunca soube o que é isso de liberdade. E riu-se: livre? Era palavra que parecia de outra língua. Só de a soletrar senti a vergonha, o mesmo embaraço que experimentava em vestir a roupa que o marido lhe trouxera.
Abriu a gaveta, venceu a emperrada madeira. E segurou o frasco de perfume, antigo, ainda embalado. Estava leve, o líquido havia já evaporado. Justino lhe havia dado o frasco, em inauguração de namoro, ainda ela meninava. Em toda a vida, aquele fora o único presente. Só agora se somava o vestido. Espremeu o vidro do cheiro, a ordenhar as últimas gotas. Perfumei o quê com isto, se perguntou lançando o frasco no vazio da janela.
— Nem sei o gosto de um cheiro.
Escutou o velho vidro se estilhaçar no passeio. Voltou à sala, o vestido se desencontrando com o corpo. As bainhas do pano namoriscavam os sapatos. Temia o comentário do marido sempre lhe apontando ousadias. Desta vez, porém, ele lhe olhou de modo estranho, sem parecer crer. Puxou-a para si e lhe ajeitou as formas, arrebitando o pano, avespando-lhe a cintura. Depois, perguntou:
— Então não passa um arranjo no rosto?
— Um arranjo?
— Sim, uma cor, uma tinta.
Ela se assombrou. Virou costas e entrou na casa de banho, embasbocada. Que doença súbita dera nele? Onde diabo parava esse bâton, havia anos que poeirava naquela prateleira? Encontrou-o, minúsculo, gasto nas brincadeiras dos miúdos. Passou o lápis sobre os lábios. Leve, uma penumbra de cor. Carregue mais, faça valer os vermelhos. Era o marido, no espelho. Ela ergueu o rosto, desconhecida.
— Vamos ao baile, sim. Você não costumava dançar, antes?
— E os meninos?
— Já organizei com o vizinho, não se preocupa.
E foram. Justino ainda teve que tchovar(1) a carrinha. Ela, como sempre, desceu para ajudar. Mas o marido recusou: desta vez, não. Ele sozinho empurrava, onde é que se vira?
Chegaram. Glória parecia não dar conta da realidade. Se deixou no assento da velha carrinha. Justino cavalheirou, mão pronta, gesto presto abrindo portas. O baile estava concorrido, cheio pelas costuras. A música transpirava pelo salão, em tonturas de casais. Os dois se sentaram numa mesa. Os olhos de Glória não exerciam. Apenas sombreavam pela mesa, pré-colegiais.
Então, se aproximou um homem, em boa postura, pedindo ao guarda-freio lhe desse a licença de sua esposa para um passo respeitoso. Os olhos aterrados dela esperaram cair a tempestade. Mas não. Justino contemplou o moço e lhe fez amplo sinal de anuência. A esposa arguiu:
—Mas eu preferia dançar primeiro com meu marido.
— Você sabe que eu não danço…
E como ela ainda hesitasse ele lhe ordenou quase em sigilo de ternura: Vá Glorinha, se divirta!
E ela lá foi, vagarosa, espantalhada. Enquanto rodava ela fixava seu homem, sentado na mesa. Olhou fundo os seus olhos e viu neles um abandono sem nome, como esse vapor que restara de seu perfume. Então, entendeu: o marido estava a oferecê-la ao mundo. O baile, aquele convite, eram uma despedida. Seu peito confirmou a suspeita quando viu o marido se levantar e aprontar saída. Ela interrompeu a dança e correu para Justino:
— Onde vai, marido?
— Um amigo me chamou, lá fora. Já volto.
— Vou consigo, Justino.
— Aquilo lá fora não é lugar das mulheres. Fique, dance com o moço. Eu já venho.
Glória não voltou à dança. Sentada na reservada mesa, levantou o copo do marido e nele deixou a marca de seu bâton. E ficou a ver Justino se afastando entre a fumarada do salão, tudo se comportando longe. Vezes sem conta ela vira esse afastamento, o marido anonimado entre as neblinas dos comboios. Desta vez, porém, seu peito se agitou, em balanço de soluço. No limiar da porta, Justino ainda virou o rosto e demorou nela um último olhar. Com surpresa, ele viu a inédita lágrima, cintilando na face que ela ocultava. Alágrima é água e só a água lava tristeza. Justino sentiu o tropeço no peito, cinza virando brasa em seu coração. E fechou a noite, a porta decepando aquela breve desordem. Glória colheu a lágrima com dobra do próprio vestido. De quem, dentro dela mesma, ela se despedia?
Saiu do baile, foi de encontro às trevas. Ainda procurou a velha carrinha. Ansiou que ela ainda ali estivesse, necessitada de um empurro. Mas de Justino não restava vestígio. Voltou a casa, sob o crepitar dos grilos. A meio do carreiro se descalçou e seus pés receberam a carícia da areia quente. Olhou o estrelejo nos céus. As estrelas são os olhos de que m morreu de amor. Ficam nos contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede eternidades.
Chegou a casa, cansada a ponto de nem sentir cansaços. Por instantes, pensou encontrar sinais de Justino. Mas o marido, se passara por ali, levara seu rasto. A Glória não lhe apeteceu a casa, magoava-lhe o lar como retrato de ente falecido. Adormeceu nos degraus da escada. Acordou nas primeiras horas da manhã, tonteando entre sono e sonho.
Porque, dentro dela, em olfactos só da alma, ela sentiu o perfume. Seria o quê? Eflúvios do velho frasco? Não, só podia ser um novo presente, dádiva da paixão que regressava.
— Justino?!
Em sobressalto, correu para dentro de casa. Foi quando pisou os vidros, estilhaçados no sopé de sua janela. Ainda hoje restam, no soalho da sala, indeléveis pegadas de quando Glória estreou o sangue de sua felicidade.

(1) Tchovar: empurrar

COUTO, Mia.
Estórias Abensonhadas
Lisboa, Editorial Caminho, SA, 1994

PS: Uma constatação. Ao buscar no Google imagens de ‘mulata baile arte’ ou ‘mulher negra baile’ ou qualquer frase semelhante, grande parte das imagens é de negras seminuas ou passistas sambando. Que estereótipo, que preconceito…

 

Patchouli Antique, Les Nereides

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Conheci o Patchouli Antique no Encontro da APP. Aliás… ô lugar pra conhecer gente bonita-elegante-sincera e conhecer perfumes bons e atiçar minhas lombrigas! Consegui comprar via Ebay!

A caixa dele é um luxo! Delicada, elegante, com um cartão explicativo sobre a planta que nomeia o perfume.

Aqui o patchouli não tem ‘arestas e pontas’, não chega atirando como no Angel. É manso, doce, levemente terroso e tem ares vintage, mas nada ripongo viu?

Sei que é frequente a associação entre o aroma do patchouli e os tempos de Woodstock, mas tente se desfazer desse estereótipo…

Abre com lufada brevíssima de casca de laranja, que nos leva a uma pilha de madeiras aromáticas leitosas e adocicadas. Madeiras essas todas entremeadas de patchouli aos montes e em algum canto, meio escondida, tímida fava de baunilha empresta acorde achocolatado ao perfume.

E não podemos nos esquecer que tal pilha está sobre terra preta recém molhada de chuva…

Não tiro a majestade do patchouli no perfume da Les Nereides, mas sua beleza é em muito sustentada pelo leitoso/cremoso/exótico do sândalo, pela sofisticação do cedro e pela (embora discreta) doçura gulosa da baunilha. O almíscar aqui tem papel de ‘limpar’, clarear ou até mesmo ‘levantar’ aromas pesados e profundos: é o tal almíscar com cheiro de sabão em pó que torna tudo mais digerível para nossos olfatos condicionados a limpeza.

Se não fosse ele, acho que Patchouli Antique provavelmente seria demodê, escuro e pesado demais. Aquela coisa dark e gótica forçada, sabe?

A questão é que ele é lindo! Feminino, misterioso, empoado e antiquado na medida certa! Transita entre o hippie-chic e o gótico, o cigano e o boudoir…

Notas olfativas: patchouli, almíscar, sândalo, cedro, baunilha, laranja. Perfeitamente compartilhável, viu meninos?

      

Azzaro L’Eau Pour Homme, Azzaro – Cortesia da Perfumaria Aromatta

ImagemQue surpresa boa! Quem diria que a versão L’eau do Azzaro é tão toscana, fresca e leve! É, porque o Azzaro-pai é daqueles perfumes de ‘hombre-cabra-macho’ bombásticos né? Eu pessoalmente adoro perfumes masculinos com tonalidades aquáticas, frescas e quase tônicas em contraste com raízes e madeiras ao fundo, que ao misturar com o ‘sal da pele’ – leia: um pouco de suor – se tornam tão atraentes… Amigos, não me refiro a falta de banho, mas sim ao suor fresco, aquela película úmida que cobre o corpo  de quem fez um esforço físico brando, entendem?

A versão L’Eau é de 2011 e foi um dos perfumes masculinos que recebi como cortesia da Aromatta. Experimentei ele em mim e no meu marido – enjoado que é para perfumes – e ele gostou. Minha mãe também gostou e disse que usaria, enfim, foi unânime aqui em casa! Coisa rara… E digo mais: achei bem compartilhável, provavelmente meninas que usam perfumes masculinos vão se desmanchar por ele!

Representa a família Aromática Fougere e foi apresentado em 2011. Suas notas oficiais são:

Notas de sáida: grapefruit, limão Amalfi, yuzu.

Notas de coração: lavanda, gerânio.

Notas de fundo: vetiver, almíscar, sândalo, patchouli.

Abre com cítricos recém cortados, cascas recém tiradas do fruto! O toque levemente doce e herbal da lavanda trás conforto e limpeza ao perfume. As notas de fundo trazem a profundidade das raízes, com o vetiver em destaque! Almíscar dando o toque ‘assabonetado’ e uma gotinha de sândalo para dar breve cremosidade!

Adorável, elegante, dual sem ser assexuado. Para nosso clima é perfeito! Eu o colocaria na mesma prateleira do Bvlgari Aqua, do Acqua de Gió e do D&G Homme.

Você encontra o Azzaro L’Eau Aqui: http://aromatta.com/site/perfumes-azzaro.html?utm_source=aloucadosperfumes&utm_medium=blog&utm_campaign=aloucadosperfumes

Aviso: A Aromatta mandou as amostras, e eu resenho as que achei interessantes – não as determinadas pela loja. O blog ganha comissão pelas compras feitas no site através do link aqui divulgado.

 

 

 

 

Breu Branco/Copal (Protium hepytaphyllum)

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O breu-branco é uma resina de odor agradável e fresco, que nasce do cerne do tronco da árvore (Protium hepytaphyllum). Seu tronco é fino em comparação ao das grandes árvores da floresta, porém, pode crescer tanto quanto elas. Tem outros nomes: breu, breu-branco, breu-mescla, almecega-brava, almecega-verdadeira, copal.

A árvore expele esta resina naturalmente pelo tronco, como forma de autoproteção, quando é danificada ou ‘ferida’ por algum animal ou inseto da mata. No princípio o breu tem cor branca e brilhante, lembrando um mineral. Com o tempo, solidifica-se, formando uma massa dura, esbranquiçada e cinzenta, ou cinza-esverdeada, bastante quebradiça e facilmente inflamável. Ao encontrá-lo no tronco, vê-se o reflexo claro da resina recém expelida, semelhante a uma pedra bruta incrustada na madeira, que exala perfume fresco e envolvente quando tocado. Para retirar a resina do tronco da árvore, passa-se o facão sob a base da crosta até retirá-lo. Quando não é extraído, o breu branco vai “amadurecendo” e se solidificando até cair no chão para depois surgir novamente no tronco da árvore.

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A família breu compreende mais de 800 espécies tropicais, vulgarmente denominadas copal. O Breu Branco, ou breu verdadeiro, é o mais comum e o mais utilizado. É uma árvore de porte médio, entre 20 e 30 metros, e cuja madeira é utilizada na construção civil e no fabrico de vários objetos. Suas numerosas flores são de cor creme e seus frutos, que medem de 1 a 1,5cm de diâmetro, variam entre o esverdeado, amarelo e vermelho escuro. Os frutos são muito aromáticos e muito apreciados pelos povos da floresta.

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Podemos encontrar esta espécie por toda a região amazônica e as outras espécies do mesmo gênero na floresta atlântica brasileira.
Esta árvore cresce nas áreas de terra firme, em solo arenoso e argiloso, abundante em matéria orgânica.

A resina do breu é industrialmente utilizada para a fabricação de verniz, velas para iluminação e repulsivas de insetos. Também é usado como verniz para calafetação de canoas e comburente para o fogo (para ajudar a acender o fogão a lenha, por exemplo). Seu óleo essencial é largamente empregado na indústria cosmética e de perfumes e também para a produção de produtos de higiene. A resina do breu branco é utilizada na medicina popular como anti-inflamatório, analgésico, cicatrizante, estimulante, utilizado nas obstruções das vias respiratórias, bronquite, tosse e dor de cabeça. Também é empregado como incenso nas igrejas ou ritos religiosos. Muitos o chamam de ‘Olíbano Brasileiro’.

Na aromaterapia ela é empregada para a limpeza física e energética. Ela possui uma acção estimulante e ajuda a concentração. O óleo essencial do breu branco é incolor.

Usos tradicionais: em um frasco de 30ml de óleo neutro ou óleo de Andiroba, diluir 1 a 3 gotas de óleo essencial de breu. Misturar bem e aplicar sobre a pele.
Para aromatizar o ambiente, misturar duas gotas diluídas em álcool com 150ml de água.

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Fontes: http://naturaekos.com.br/biodiversidade/breu-branco/

http://www.emnomedaterra.com/index.php?option=com_content&view=article&id=22:breu-branco&catid=2:oleos&Itemid=10

http://www.floresta.ufpr.br/alias/paisagem/public_html/curiosidades_aroma_das_flores.htm

Que cheiros te trazem conforto em dias de estresse?

Imagem por: Elisabeth Casagrande

Imagem por: Elisabeth Casagrande

Primeiramente: um brinde a Dâmaris, que teve a idéia de unir a ‘blogosfera perfumada’ em torno de uma mesmo assunto!

Stress… como viver com (ou sem) ele? O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo. A reação ao estresse, porém, é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas. Recomendo a leitura desse texto, caso queira se aprofundar no assunto: http://www.medtrab.ufpr.br/arquivos%20para%20dowload%202011/saude%20mental/Delimitando%20o%20conceito%20de%20stress.pdf

Sou irritadiça, impaciente, ansiosa, hiperativa e reativa por natureza, quase agressiva. Em suma, um inferno, coitados dos que me aturam diariamente… Volta e meia tá lá o Sr. Stress – que hoje já é personificado, é uma entidade a rondar a vida das pessoas –  batendo na porta! E eu fico mais ou menos assim:

fright night Filme Trash: lixo ou genial?

Por que não usarmos dos benefícios dos aromas para ‘tirar’ o stress – mesmo que temporariamente – de nossa vida? A aromacologia fala sobre os efeitos positivos causados pelos aromas em todo organismo, nas emoções e no humor além de trazer bem-estar e melhorar a qualidade de vida (veja mais aqui: http://laszlo.ind.br/).

Não vou falar em aromas de forma geral, mas de perfumes que me acalmam em tempos de calor e de frio. No calor, adoro o aroma refrescante do chá-verde, é como um ganho gelado na alma! Gosto ainda dos perfumes que contém ‘cheiro de água’ e remetem a limpeza e frescor. No frio amo o conforto, o abraço da baunilha! É como um cobertorzinho macio mansamente colocado em suas costas!

E a lavanda! Soberana quando o assunto é relaxar e aquietar os sentidos! Ela é pra qualquer estação, qualquer hora e lugar! Rainha da paz e tranquilidade!

Seguem alguns perfumes que uso para ‘baixar a guarda’, no calor:

perfumes verão

Green Tea Tropical, Elizabeth Arden

Green Tea Lavander, Elizabeth Arden

CK One, Calvin Klein

Funny!, Moschino

Lavanda Johnson’s, imbatível!

E no frio:

pefumes frio

Eau des Missions, Les Couvent des Minimes

Vanilla Monoi, Tiare Tahiti

Heliotrope Blanc, L.T. Piver

E não posso deixar de citar o mergulho em uma piscina de chá morno que oferece o Eau Perfumée au Thé Rouge, da Bvlgari! Esse, para dias frescos, nem quentes nem frios!

Leia também os textos sobre o mesmo tema nos blogs: 1nariz, Village Beauté, van mulherzinha, Pimenta Vanilla, Perfumes Bighouse, Le Monde est Beau, Perfumes et Poésie, Templo dos Perfumes, Perfume na Pele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CH L’Eau, Carolina Herrera – cortesia da Perfumaria Aromatta

 

 

 

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Recebi da perfumaria Aromatta uma série de amostras para resenhar aqui no blog! Diante da gentileza, falarei dos perfumes que recebi e que me agradaram. Meninos, aguardem, têm masculinos pra vocês!

Fiquei meio receosa frente ao CH L’Eau, pois não tenho lá relação muito boa com os perfumes da Sra. Carolina. Mas ele é diferente viu? Em todas as fases ele tem nuances azedinhas e picantes, daquelas que fazem uma coceirinha gostosa e borbulhante na ponta do nariz. Consequência, você fica cheirando ele o tempo todo por causa da sensação!

Na verdade, achei que ele mistura as partes boas do 212 Sexy e do Mademoiselle Ricci, de Nina Ricci…

É um perfume primaveril, jovem, abre com exuberância cítrica, mostra flores empoadas e quase adultas, daquelas meninas-moças, sabe? Mas é nas notas de fundo que mora a graça do CH L’Eau! Picantes, amadeiradas, azedinhas!

Tem cheiro de limonada suíça! E (viva a sinestesia!) tem cheiro do gosto e da textura do jambo…

Notas de saída: flor-de-limão, laranja, frésia, laranja-amarga, bergamota.

Notas de coração: jasmim, rosa, lírio-do-vale, violeta.

Notas de fundo: sândalo, canela, heliotrópio, oleandro, madeira de macieira.

Você encontra o CH L’Eau aqui: http://aromatta.com/site/ch-l-eau-feminino-eau-fraiche-parfumee-carolina-herrera.html?utm_source=aloucadosperfumes&utm_medium=blog&utm_campaign=aloucadosperfumes

Índice

Aviso: A Aromatta mandou as amostras, e eu resenho as que achei interessantes – não as determinadas pela loja. O blog ganha comissão pelas compras feitas no site através do link aqui divulgado.

Seu Madruga e a ‘Loção Francesa’!

Conversando com amigos no final de semana, lembramos, no meio de uma outra conversa, do episódio do Chaves onde o Seu Madruga mostra-se encantado por uma ‘Loção Francesa’ que ganhou de presente da Dona Clotilde, a Bruxa do 71.
Seu Madruga… que já foi professor, lutador de boxe, toureiro, vendedor de churros, vendedor de balões, barbeiro, sapateiro e homem do saco, quem diria! Encantado por um perfume! Bem vindo ao nosso mundo, Seu Madruga!