Confesso que corri atrás dele pelo fato de que 26 pessoas no Fragrantica.com o compararam ao A*Men Pure Havane (Thierry Mugler). Não entrarei no mérito comparativo, mas afirmo que não me arrependi da compra. Perfeitamente compartilhável, cálido, exótico, cheio de contrastes olfativos. Gosto assim!
E considerado Oriental Amadeirado (com um pé no gourmand) e foi lançado em 1994.
Abre com lavanda intensa e temperada com calda de abacaxi, da que vem na lata da conserva – sintético, manja? Os cítricos – a lima e o limão – encontro ao cheirar o perfume no frasco, aquela coisa de casquinha fininha coberta de açúcar. Mas na pele não senti.
O coração de tal animal é exótico, dual, sem preconceitos: é floral, especiado, abaunilhado. Homem que na rua fuma cachimbo, carrega jornal embaixo do braço e usa chapéu panamá. Em casa põe avental e se esbalda na cozinha, testa receitas e faz doces caramelados cantarolando! Uma nova representação de masculinidade que tenta se fixar no inconsciente coletivo da humanidade. O homem-feminino do Pepeu Gomes… O homem que não tem que seguir estereótipos para provar que é de fato representante do sexo masculino…
Sinto mel, noz-moscada, chocolate-amargo, ylang-ylang, rosas, muguet, erva-doce (a sementinha esmagada)… Tem tabaco úmido… aromático, o balck cavendish com aromas de rum, baunilha, frutas secas… No final, madeiras bem pronunciadas e toque doce-terroso do patchouli.
Acho eu que pegou carona no sucesso da estrela Angel de 1992…
Enfim, suas notas oficiais são: abacaxi, lima, limão, lavanda, mel, jasmim, ylang-ylang, rosa, lírios, noz moscada, gálbano, baunilha, sândalo, almíscar, cedro, âmbar, patchouli, tabaco.
Sabe o que eu acho? Que o Animale Animale é filho bastardo de Thierry Mugler…
Filho bastardo hahaha (tadinho 😀
cara usei tanto, mas TANTO esse animale (do raio amarelo) e o ferrari black nas noites da minha adolescência que hoje em dia até repugna rsrs.
Mas no primeiro contato foi amor a primeira vista! ele me causava uma confusão sensorial sutil e deliciosa. E claro agradava gregos e troianos talvez pelo que voce disse o tal do “homem-feminino” !
Me lembro que gostava muito das notas de saída (sempre gostei do aroma de abacaxi em fragrancias) e embora conste mel ao meu nariz nunca foi expressivo era mais um “azedinho doce” . Os florais ficavam bem evidentes, ora bem acentuado o cheiro de rosas, ora puxando mais pro lirio, ora lavanda … tava tudo lá (por isso a “confusão sensorial” rs) e tudo isso era muito gostoso e forte! Em mim tinha otima fixação e longevidade monstra!
A unica coisa que nao gostava muito e acredito que contribuiu para o desuso era as notas de base! por ser tudo “forte” tudo meio “animal” as notas de tabaco e baunilha me cansavam e dependo do dia (no caso noite) me enjoavam. Lembro que sentia um cheiro que em mim parecia benjoim mas hoje lendo a composição creio que era o ambar.
Por fim adorei a resenha, bom ver que a louca dos perfumes é louca por perfumes de ambos os sexos 😀
Rafael, que legal ver que com a resenha vc lembrou dos seus cheiros da adolescência! Ele é assim mesmo, mutante, lavanda sempre presente, mel, flores, especiarias. O tabaco e a baunilha nele me aquecem, confortam! Adoro perfumes compartilháveis, e embora ache que na verdade perfume não tem isso de gênero, tem uns masculinos que em mim ficam a treva, me sinto o João do Caminhão usando…
pois é tbm acho que muitas fragrancias poderiam muito bem nao ter gênero “devinido” rsrsr
e sim as resenhas despertam sim essa “memória” até prq a louca dos perfumes tbm é mestra-ninja nas palavras hahhaha
parabens!
Puxa Rafael, que elogio! Te agradeço viu?
Verdade, devíamos chamar o Thierry para dar uma cheirada em AA; haverá reconhecimento paterno na hora! 😮
Tbém acho heim, Dâmaris. Filho perdido…
Sou suspeita pra falar, adooooro esse perfa e o meu frasco está na rapinha. Um dos únicos perfumes que consegui terminar um frasco em coisa de um ano. Certamente terei de repor.
Acho a saída parecidíssima com a do Angel feminino! Em mim não percebo a lavanda mas sim a mistura de mel+tabaco+baunilha que dá um acento de cacau bem interessante. A base mostra melhor o cedro e o sândalo, mas ainda adocidados. Acho maravilhoso! Se parece com o Havanne eu não sei (comprei por isso tb), mas que é delicioso, se é!
Ele é Carla. Tem DNA Thierry Mugler né? Em mim a lavanda fica bem evidente, até gostaria que fosse menos. E por um motivou ou outro, nossa curiosidade está sempre atiçada né? Bandidos…