Perfumes no Antigo Egito: em vida e na morte, do sagrado a sedução – parte 2

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Chegamos então no Antigo Egito. Os perfumes egípcios eram na forma de óleos e unguentos, eram bem diferentes do que hoje conhecemos como perfumes.

Tais produtos tinham importância religiosa, medicinal e cosmética. Olíbano era queimado ao nascer do sol para o Deus Rá e ao anoitecer mirra era queimada como oferta à Lua.

Sendo o perfume algo voltado aos Deuses e ao Faraó, sua personificação na Terra, existiam laboratórios produtores dentro dos templos. Era comum a queima de incensos e o uso de óleos perfumados para honrar estátuas sagradas.

Vamos falar um pouco sobre o Deus Nefertum (ou Nefertem), divindade da cidade de Mênfis, deus solar da cura, beleza e dos perfumes, de acordo com um mito de criação egípcio, Nefertum teria surgido de um botão azul de lótus, tornando-se “aquele que traz a luz”, o primeiro raio de sol.

Tem como adorno na cabeça uma flor de lótus e seu nome significaria, de acordo com os vários autores, “Lótus”, “Perfeição absoluta” ou “Atum, o belo”.

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Acredita-se que Nefertum possa ser a criança que, ao amadurecer, se torna o deus Rá. Ou então, seria a flor sobre o nariz desse Deus, perfumando e iluminando seus caminhos. No Livro dos Mortos está escrito: “Levanta-te como Nefertem do lótus azul, para as narinas de Rá, o deus solar criador, e saia no horizonte a cada dia.”

É considerado patrono da arte cosmética, das plantas curativas (inclusive das narcóticos e afrodisíacas) e da aromaterapia. Por ser o raio de sol de todas as manhãs, também era associado ao renascimento e, portanto, patrono de vários ingredientes utilizados no processo de mumificação.

Assim sagrado e do agrado das divindades, o perfume era muito utilizado nos ritos de mumificação, sempre de olho na eternidade e em ser reconhecido (e querido) pelos Deuses. Quando o desencarnado chegasse em sua nova morada sua alma seria reconhecida através de seu perfume.  Resina de pinheiro, mirra, cássia, cedro, olíbano, eram utilizados nos ritos de mumificação pelas suas propriedades bactericidas e odoríferas.

Havia também Shezmu, conhecido como o “Carrasco de Osíris”, era o deus dos óleos e perfumes utilizados nas mumificações, assim como a divindade demoníaca das execuções, sacrifícios, do sangue e do vinho. Sua função era destruir os malfeitores e cortar suas cabeças, que eram colocadas em uma prensa e esmagadas para produzir sua bebida favorita.

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Continua…

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/67265-5-divindades-egipcias-sinistras-que-voce-talvez-desconheca.htm

 

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2 comentários sobre “Perfumes no Antigo Egito: em vida e na morte, do sagrado a sedução – parte 2

  1. Descobri seu blog recentemente e tô muito encantada, além de escrever muito bem, você tem uma ótima escolha de assuntos – abordando perfumes raros, best sellers, nacionais mais acessíveis… Fora que esses posts sobre história e os que falam sobre matérias primas são sensacionais. Vou virar leitora assídua!

    • Muitíssimo obrigada Thais, pelo reconhecimento e elogio! Venha sempre, será uma honra! Me esforço para de fato abordar a arte da perfumaria como um todo, dos perfumes de nicho aos de catálogo, e sempre trazer informações sobre a história dessa bela arte! Um abraço!

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