Como o nome sugere, é o representante veranil da grande família Black Orchid. E gente… que perfume bonito!
Usar esse perfume te conta a história de uma flor branca. Te convida a repousar dentro dela em botão e desfrutar dos primeiros raios de sol no momento de seu desabrochar. Nossa, como ficou bonito isso!
Bom, perfume é uma coisa muito pessoal, e vou falar dele sem grandes pretensões, exatamente como o senti. Ao passar na pele senti um amargor, algo verde. Me fez pensar na hora em um caule suculento de um copo-de-leite sendo mordido.
Logo depois desse momento veio a sensação de estar dentro do botão, da flor prestes a abrir. Era tão animálico, tão orgânico, pulsante!
E aí a flor, banhada do sol morno da manhã, desabrocha. Vai, espreguiça e respira fundo! A flor branca ganha a mesma nuance do jasmim presente e reinante no Alien da Thierry Mugler, se torna adocicada e brilhante. Mas olha, nada de espalhafato, o negócio aqui é ainda orgânico e vital, o cheiro serve para atrair polinizadores e cumprir sua função de flor: dar sequência à vida da planta.
Depois deste espetáculo todo o perfume ainda mostra que tem baunilha e algo cremoso e comestível. Sabe, achei que parece Nutella (a versão gourmet do nosso antigo ioio cream, não é?).
A aí, lá no finzinho tem algo de orquídea nele. Aquela orquídea de cheiro cremoso e exótico, dessas flores que só aparecem uma vez por ano (quando bem cuidadas) e talvez seja por isso tão preciosa.
Lindo, o Orchid Soleil, lindo!
Lançado em 2016 e criado por Sonia Constant.
Notas de saída: pimenta rosa, cipreste, laranja amarga.
Notas de coração: tuberosa, lírio vermelho.
Notas de fundo: baunilha, patchouli, castanha, chantilly, orquídea.
Amo perfumes da Lacqua d fiori