Peguei uma foto da net, porque o meu é um tester e a foto insistiu em ficar escura e péssima. Estou perdoada?
Pra começar: tem que gostar do “gênero” Thierry Mugler: marcante, bombástico, ousado. E não se deixe enganar pela inocência e suavidade da rosa que o nomeia, aqui ela é rainha, e vem acompanhada uma corte nada discreta!
La Rose Angel pertence a coleção “Garden of Stars”, foi lançado em 2006 e o nariz responsável por ele é Olivier Cresp.
Como já se percebe, La Rose Angel é uma “variação sobre o mesmo tema” do Angel, então se você não gosta de um, possivelmente não gostará do outro.
Notas de saída: fava-tonka (cumarina), pimenta rosa, bergamota.
Notas de coração: ameixa, rosa da Bulgária.
Notas de fundo: baunilha, patchouli, chocolate amargo, caramelo.
Sabe o que eu sinto nas notas de saída do La Rose? Alfavaca. O manjericão italiano, esse mesmo: doce, picante, gustativo. Logo minha nota imaginária se mistura com a rosa e se torna mais macia e o aroma picante vai embora. Mas daí o patchouli invade a cena e tudo volta e ser picante. Daí o patchouli se acalma e dá lugar as notas gustativas da baunilha, do chocolate e do caramelo. Então acontece o mais interessante: a rosa volta! Arrependida de ter deixado as demais notas se destacarem tanto e brigarem por atenção, ela abre espaço entre tanto alvoroço e se senta lá na cadeirinha da primeira fila, sem estardalhaço, mas segura de que seu lugar é garantido como rainha das flores. Em meio a tantas notas fortes e impulsivas, ela desabrocha, dança e se mistura, e o resultado é pura delícia!
A rosa aqui vem alegórica, enfeitada, caramelada. Mas a proposta não era essa? Transformar a flor em uma das estrelas do jardim surreal e exarcebado do planeta Thierry Mugler?
Costumo gostar dos flankers de Angel, mas este não conheço… 😦
Eu adoro a linha Angel, o la Rose é o único da Garden of Stars que conheço. Queria ter todos…
bela resenha, bem sensorial