Royal Bain de Caron

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Ah, que riqueza! Segundo o maravilhoso site da marca, foi criado para satisfazer os caprichos de um bilionário californiano que queria substituir seus extravagantes banhos de champanhe por um perfume. Especula-se que William Randolph Hearst (http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Randolph_Hearst) tenha sido o milionário em questão…
A tal falta de champanhe para os banhos de William deve-se as restrições impostas pela Lei Seca (1920-1933).
E o Rei dos Camarotes se achando…
Mas o Royal Bain data de 1941! Explico: diz-se que antes de ter tal nome e atribuir-se tal data de nascimento a ele, ele teve outro nome! Teria sido criado originalmente como Bain de Champagne (Champagne Bath), em 1924 e seu frasco foi idealizado por Félicie Vanpouille. Teria sido feito pela primeira vez como uma “eau Parfumee pour le bain” (água perfumada para o banho) antes de se relançado como um eau de toilette em 1941.
A propaganda dos anos 20/30 mostra Bain de Champagne descrito como “Um banho requintado e preparação de toilet” o que parece implicar um uso duplo, como produto de banho e produto de toalete. Em um anúncio de 1967 recomenda-se o uso de Royal Bain de Champagne “Antes do banho. Durante o banho. Após o banho.”
Mas vamos ao Royal Bain atual, que é o que eu tenho pra hoje. Como não se encantar pela garrafinha? Sei que tem dele na embalagem clássica da Caron, mas eu prefiro essa.
Ele não tem borrifador, dá aquela impressão de ser uma água de colônia que você vai passar aos montes, se esbaldar após o banho… espera! Faz isso não. Como disse antes, desde 1941 ele é um EDT. Intenso, de boa fixação.
Ele é vintage. Tem aquele toque atalcado, baunilha abafada, algo resinoso, medicinal, balsâmico. É um elixir. Tem cara de anos 20, de dançarinas de charleston e seus cabelos à la garçonne.
Tem cheiro de cumarina, tabaco, incenso, de mirra. Tem forte presença de opoponax e sândalo. A rosa aparece semelhante a rosa do Flower by Kenzo: empoada, picante, incensada.
Royal Bain em alguns momentos me lembra caramelo. A cor, não o doce.
Foi criado (teoricamente), em 1941 pelo mestre Ernest Daltroff.
Notas de saída: lilás, rosas.
Notas de coração: opoponax, benzoim, incenso.
Notas de fundo: sândalo, âmbar, almíscar, baunilha, cedro.
Não é um perfume que agrada multidões. Mas aposto que tem fãs fiéis além de mim e de William Randolph…
 

 

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