Por muito tempo desejei esse perfume, até que ganhei uma amostrinha. Hoje – sinceramente – não sei se teria um frasco para chamar de meu.
Ivoire (esse da imagem, lançado em 2012, releitura do clássico de 1979 que eu, infelizmente, desconheço) não era o que eu esperava… Em um primeiro momento senti cheiro de damascos, daqueles de pele aveludada e polpa azedinha. Senti depois flores polvorosas e ultra-femininas, porém delicadas demais, limpinhas demais, frescas demais, orvalhadas demais. Mais caule, folha e botão do que plenitude exuberante de flor desabrochada.
Lá no final tem um vetiver timidozinho, um patchouli limpinho e engomadinho (longe, longe, longe do patchouli-feiticeiro mofado, terroso e achocolatado. Longe…), um tiquinho de baunilha despida da gulodice gourmand. Só pra tornar mais confortável.
Achei que Ivoire cheira a sabonete ultra refinado e caro. E acho que esse é o ‘mal’, vamos colocar assim, dos novos chypres. Perderam o musgo-de-carvalho, ganharam um patchouli ou outras notas amadeiradas limpas em demasia, despersonalizadas até. E aí fica com o que as pessoas chamam de ‘cheiro de rica’… Cheiro de sabonete e produto para lavagem de roupas delicadas…
‘Mágoas’ à parte com os novos chypres, o que salva Ivoire é uma nota verde, resinosa e misteriosa: descobri ser o gálbano! Aqui tem um toque de erva-doce, de salsão! E deixa mais interessante o que teria tudo para ser só mais um sabonetão.
A título de curiosidade, Ivoire significa marfim. E sim, é perfeito para quem quer transmitir elegância e sobriedade.
Leia mais sobre outros perfumes chypres aqui: http://www.sepha.com.br/blog/perfumes/perfumes-chypre/
Gosto do Ivoire de Balmain,combina e evolui muito bem com a minha pele!Sinto o cheirinho de vetiver.Tenho também o Eau de D’Ivoire que também gosto bem fresco mas que não tem uma fixação prolongada,mas verão.Gosto da linha do perfumista Balmain.
Diana,tinha a possibilidade de fazer uma resenha sobre o “Paris” de Balenciaga e o “A La Nuit”de Serge Lutens pois gostaria de adquiri-los e como são caros quero ter certeza antes de compra-los.Grata,abraços!
Xi, amiga não tenho nenhum desses. Mas se conseguir amostrinha por aí com certeza falo! Beijos!
Que delícia de texto, Diana…..amei as frases: ” um patchouli limpinho e engomadinho (longe, longe, longe do patchouli-feiticeiro mofado, terroso e achocolatado. Longe…)”, e ” E aí fica com o que as pessoas chamam de ‘cheiro de rica’”. Confesso que comprei certa vez um perfume inteiro porque vinha uma amostra de Ivoire de brinde para eu experimentar….imaginou minha curiosidade, né.. Mas me decepcionei com a leveza e o cheiro “higienista” dele. O original deveria sim, ser bom. Também jamais compraria um para mim. Ótima resenha, um deleite de ler. Abs!
Obrigado, Bira, sempre gentil! Pois é, perfume bom, limpinho, versátil. Mas não gastaria meu rico dinheirinho com ele…
Um dos meus preferidos, acredita? Amo essa vibe. Fora que ninguém reclama dele, minha enxaqueca, minha rinite, meu marido, meu cachorro, meus colegas de trabalho, minhas calopsitas, ninguém. rs
Eu amo. Sou apaixonada… adoraria sentir o original. Enlouqueço procurando esse perfume, nunca encontro.
Amo Ivoire de Balmain pena que foi descontinuado pois não encontro mais a venda tenho ainda quase metade de um frasco de 100 ml que uso com muita parcimônia pois amo o cheirinho de Vetiver e sempre que aparecia em promoções comprava uma pena que não acho mais…….