Ma Griffe, Carven

Em primeiro lugar essa resenha não será um comparativo entre o Ma Griffe criado por Jean Carles em 1946. Porém será inevitável invocar, em alguns momentos, o perfume vintage.

Vamos falar um pouco da Carven? Melle Carven, também conhecida pelo seu nome de nascimento de Carmen Tommaso nasceu em 31 de agosto de 1909, em Chatellerault, Viena. Em 1945, num apartamento com vista para a famosa Champs-Elysées que Melle Carven abriu a sua casa de alta-costura, ela que até esse momento jamais trabalhara no mundo da moda. Porém, sentia-se animada por uma ambição muito original: vestir mulheres de pequena estatura, que, tal como ela, não tivessem mais de 1.55m. Desenharia igualmente inúmeros vestidos de noiva. Caracterizado por uma elegante frescura e por uma alegria juvenil, o seu estilo impôs-se rapidamente. O famoso tecido de riscas verdes-claras e brancas, jovem e dinâmico, ficou para sempre associado à imagem da casa. Logo Melle Carven conheceu um homem de negócios que lhe propôs criar um perfume. Foi sem que surgiu Ma Griffe, um dos grandes clássicos da perfumaria parisiense (vide fonte abaixo).

Em 2013 a marca nos trouxe um novo Ma Griffe. Do antigo ele possui as listras na embalagem, a mesma família olfativa – chypre floral – porém simplificado, mais arejado. Tem sim uma espírito retrô, uma coisa toda soapy durante sua evolução.

Abre com notas florais bem verdes, flores em botão ainda imaturas. Para mim era lírio, gardênia, muguet e jacinto, tudo aspergido da seiva da casca de alguma fruta cítrica. Encontrei ali algo de grama recém cortada, de orvalho em uma manhã de outono. Quando essa ‘onda’ passou, depois de alguns minutos, ficou a impressão de que o perfume já tinha cumprido seu papel e que era só isso. Que viria uma nuvem de almíscares sintéticos para dar a sensação de limpeza e conforto e só. Ledo engano…

Depois de uma hora e meia na pele a sensação verde retorna, acompanhada de um belíssimo e elegante efeito assabonetado, Embora não conste na lista oficiai de notas, acredito que existam aldeídos aí. Ô, se tem!

O jasmim, o ylang-ylang e o sândalo surgem tão lindos! São falsamente limpos e exóticos, dão certa cremosidade e doçura ao perfume!

A nota de base que mais se destaca é o vetiver. Agridoce, amadeirado, arisco. As demais notas são coadjuvantes e só estão ali para controlar o vetiver, para torná-lo mais ‘macio’ no contato com  a pele…

Ma Griffe é um perfume arrojado, com alma retrô, elegante e exótico. Soube rejuvenescer sem ficar irreconhecível, sem perder a identidade (como exemplo, o novo Dolce & Gabanna Pour Femme, que nada carrega do perfume ‘pai’ de 1992)!

Notas de saída: bergamota, limão, gardênia.

Notas de coração: jasmim, rosa, sândalo, ylang-ylang.

Perfeitamente compartilhável!

Fonte: http://100perfumesbylubi.blogspot.com.br/2009/08/28-ma-griffe-carven.html

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4 comentários sobre “Ma Griffe, Carven

  1. Cada vez mais amando estas resenhas!Fantásticas como também é maravilhoso o perfume “Ma Griffe”!!Conheço deste pequena pois minha Mãe usava.Aquela caixa listradinha de verde e branco sempre ficou em minha memória como também seu aroma que acho diferente do de hoje.Mas lembra o antigo perfume.Parabéns por estes Posts que trazem tão belas recordações!

  2. Oiii!!!

    Amei o post…

    Mas ainda prefiro o original… Rs. E é por isso que vim te perguntar…

    Você que conhece as notas dos perfumes… Tem algum mais parecido com o cheiro de antigamente???

    Agradeço imensamente 😉❤️🥰

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