O nome comum deriva do latim “tuberosa”, ou seja, “inchada” fazendo referência ao seu sistema radicular. “Polianthes” significa “flor cinza”. Os astecas chamaram-na “Omixochitl “ que significa “flor de osso”. A planta tem um lugar de destaque na cultura e na mitologia indígena. As flores são usadas em cerimônias de casamento, guirlandas, decoração e vários rituais tradicionais.
Nenhuma nota na perfumaria é mais surpreendente, carnal, cremosa ou contraditória do que a tuberosa. A flor é uma mistura de frescor floral e opulência aveludada. Os vitorianos proibiam jovens virgens de inalar o cheiro da tuberosa, com receio de que tal aroma lhes despertasse uma volúpia incontrolável!
Dove Roja disse que a tuberosa é a “prostituta da perfumaria”.
Originária do centro-sul do México (onde cresce espontaneamente) era cultivada para produzir o óleo no sul da França, em Marrocos, no Egito e na China. A planta cresce com espigas alongadas de até 45 cm de comprimento, que produzem flores de cor cerosa e perfumadas que florescem a partir da base para o topo da haste. Folhas verdes e brilhantes se agrupam na base da planta e folhas menores se distribuem ao longo do caule. As suas flores podem ser brancas ou de cor creme, sendo utilizadas como flores de corte e uma só haste de flores pode perfumar um ambiente durante semanas. De suas raízes também é extraído um óleo usado para fazer incensos e medicamentos.
A tuberosa era “explorada” através da técnica de “enfleurage” desde a sua introdução em Grasse, no sul da França, no século 17. A questão é que são necessários mais de 1.200 quilos de flores para produzir 200 gramas do absoluto, o que torna a tuberosa uma das mais caras matérias-primas naturais para uso.
Por isso, não é surpresa que grande maioria da fragrância de tuberosa em perfumaria comercial é sintetizada em laboratório e não natural. Isto irá reduzir o fator de custo e permitir enfatizar certas características em detrimento de outras (digamos, enfatizando a cremosidade sobre a cânfora, ou o floral doce).

Perfumes que contém tuberosa:
Fracas – Robert Piguet (referência máxima quanto ao uso da tuberosa em perfumes)
Jardins de Bagatelle – Guierlain
Chloe – Karl Lagerfeld
Amarige – Givenchy
Beauty – Calvin Klein
Tubereuse Criminelle – Serge Lutens
J’adore – Dior
Tubereuse Indiana – Creed
Today – Avon
Blonde – Versace
Madonna – Truth or Dare
Tuberosa do Egito – Colônia Phebo (tem o sabonete também)
Diana
O Michael Kors, segundo o que li, também contém tuberosa. Conhece?
Estou aguardando o bonito, fruto de uma troca!!!
Beijos
Não conheço ainda, Andreia! Me conte dele quando chegar! Beijos!
Gracious Tuberose da Gucci. A tuberosa é bastante evidente nesse perfume, uma delícia.
Obrigada pela dica, Elaine!
Há poucos dias o Gracious Tuberose estava com uma promoção excelente na Sepha, tipo, uns R$ 100,00 a menos o de 50ml. Comprei o meu na hora, rs. Abraços!
Amo seu blog, é referência pra mim. Antes gostava de gourmands, mas pobre de mim, é porque não conhecia nada, realmente… E agora estou apaixonada pelo Truth or Dare justamente por causa da tuberosa! Mas é uma nota muito especial, para poucos. Minha mãe, que também ama perfumes, não suporta a saída dele. Estou louca pra comprar o Fracas.
Obrigada pelo blog.
Letícia, seu escrito me fez feliz! Obrigada pelo elogio! O Fracas é um desejo antigo, mas o custo dele me faz adiar a realização deste sonho… O Truth or Dare Naked é bom também heim!!! Bjos e obrigada você!