E não é que jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 192 – Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980) já citou os aromas e sensações advindas deles em suas obras?
Tal poema foi extraído de uma carta escrita por Nelson à sua noiva Elza Bretanha, que fora sua colega de redação e com quem se casou em 1940:
“ Se eu pudesse – se os deuses permitissem –
teria assistido hoje ao seu despertar.
E, então, teria feito uma festa
de luz, de cor, de aroma.
Eu transportaria para tua alcova
toda a vibração musical da aurora,
todo o estremecimento solar.
E teria enfeitado os teus cabelos
com o mais lúcido e macio dos raios de luz;
e teria espargido sobre os teus ombros
o perfume mais suave da manhã;
e teria prendido no teu riso a pétala mais diáfana.
E, quando te levantasse,
eu faria com que pisasse rosas frescas e voluptuosas;
e assim teus pés teriam como que sandálias de perfume.”
Fonte: http://literaturaemcontagotas.wordpress.com/2012/01/30/belo-trecho-de-nelson-rodrigues/
Nelson era o cara!
“Ser bonita não interessa. Seja interessante!” É de se levar pra vida!
Não conhecia esta faceta tão romântica do escritor…
Nem eu…