Olíbano, também conhecido como frankincense, é uma resina aromática obtida de árvores africanas e asiáticas do gênero Boswellia.
Nome comum: Incenso, Olíbano, Luban
Família de plantas: Burseraceae
Gênero: Boswellia
Espécie: Com relação ao incenso, Boswellia Sacra é o mais comum
Usos: Incenso, medicina, creme dental, era usado para embalsamar no antigo Egito (grandes quantidades de incenso foram em seguida colocadas em cavidades do corpo para evitar a decomposição e para mascarar o odor), repelente de insetos, perfumaria.
“… E, quando abriram os seus tesouros, lhe apresentou os presentes: ouro, incenso e mirra”

A maioria das árvores do gênero Boswellia são aromáticas, e muitas delas produzem seivas resinosas perfumadas. Algumas das espécies conhecidas são B. Sacra (cresce em Omã e Iêmen), B. carterii (Somália), B.Thurifera (África, Iêmen e países ao redor do Mar Vermelho), B. frereana (norte da Somália), B. papyrifera (Etiópia, Eritreia e Sudão) e B.Serrata (Índia). Boswelia sacra, produz o mais refinado tipo de incenso.
As árvores crescem para cerca de 20 pés de altura (8m). Produzem pequenas flores de cor branco-amarelada ou vermelho-pálido, com cinco pétalas.

O nome frankincense refere-se ao “verdadeiro” ou “franco” incenso, já olíbano é derivado do árabe al-lubán (“o leite”), em referência à seiva leitosa que sai ao golpear a árvore de olíbano.
O olíbano é usado em ritos religiosos. De acordo com o Evangelho de Mateus 2:11, ouro, olíbano e mirra foram os três presentes dados a Jesus pelos Reis Magos que vinham do oriente. Diz a lenda que o imperador romano Nero queimou durante um ano olíbano valioso em honras ao funeral de sua esposa, Poppaea. Diz na Bíblia que a rainha de Sabá presenteou o Rei Salomão com diversas preciosidades, entre elas o incenso de Olíbano. Ligado às divindades solares: ao deus egípcio Rá e ao deus grego Apolo.
O óleo essencial é destilado a partir da resina. A resina sai de dentro da árvore, sob a casca. Para a coleta correta, um processo lento e cuidadosamente executado deve ser seguido. Tal processo só pode ocorrer duas vezes por ano – uma vez na primavera (março a maio) e, em seguida, novamente no outono (setembro a outubro) e leva duas semanas.
A colheita da resina requer uma faca especialmente projetada – uma semana antes do início da colheita, barras estratégicas são feitas na casca exterior que permitem a resina líquida a escorrer para fora. Seria algo semelhante a extração do látex da seringueira.



Outro método de colheita utilizado é simplesmente raspar porções da casca sem fazer incisões profundas e permitindo que a resina flua a partir dessa ferida. Quando a resina atinge o oxigênio, ela começa a cristalizar e endurecer.
Essas resinas endurecidas são chamados de lágrimas. Demora cerca de uma semana para endurecer o suficiente para ser coletada como um cristal de resina. Leva uma semana para voltar e recolher nova quantidade de resina-cristal. Este processo produz diferentes tipos e graus de resinas de incenso. A qualidade é baseada na cor, grau de pureza, o aroma, a idade e, em alguns casos, onde é cultivada a planta. O primeiro grau de incenso de resina é o mais comum. É uma resina acastanhada que possui uma grande quantidade de partículas de casca nele, ou seja, impurezas.
Depois de todo o processo, a resina de cristal vai para a destilaria, onde é esmagada até se tornar pó, colocada em um banho de óleo, e destilado a vapor para extrair o óleo a partir da resina cristalizada.
O olíbano queimado como incenso nas igrejas hoje é o mesmo que era usado pelos antigos povos do Oriente Médio e da África do Norte. Por fim, o uso do olíbano se espalhou pela Europa e de lá para a Índia, e o produto era queimado como oferenda aos deuses de muitas culturas. Era usado pelos judeus em seu incenso cerimonial, e apresentado a cada sabbath com o pão ázimo.
Com valor superior ao de metais preciosos e joias, foi uma das substâncias mais caras da antiguidade. O olíbano era produzido apenas por três mil famílias conhecidos como “os sabianos”, na terra de Punt. Os homens escolhidos para podar e recolher a goma tinham de passar por purificação ritual. O incenso de olíbano era considerado tão valioso porque acreditava-se que sua fragrância realçasse a espiritualidade, causando um profundo e meditativo relaxamento que facilitava o culto.
Os aromaterapeutas e os massagistas observaram que a fragrância do olíbano aprofunda a respiração, ajuda a relaxar e causa expansão dos pulmões. A ciência moderna sustenta essas observações ao demonstrar que, quando queimado, o incenso libera moléculas de traidocanabinol, um elemento psicoativo que pode ser responsável por reanimar o espírito.
Em forma de pó e cinza, o incenso era o principal componente do tradicional kohl negro que as mulheres egípcias ainda usam como maquiagem. Acreditava-se que ele ajudasse as mulheres a ver um aspecto mais espiritual do mundo, evitar um destino infortunado e impedir infecções oculares.
O aroma do olíbano: a fragrância é suave, balsâmica, e com toques ocasionais de limão ou cânfora.

Algumas perfumes com olíbano:
Commes des Garcons Series 3 Incense: Avignon
Coco Noir, Chanel
Tuscan Leather, Tom Ford
La Collection NU, Yves Saint Laurent
Louban, Montale
La Liturgie des Heures, Jovoy Paris
Guess Seductive, Guess
D&G Antholgy The Bateleur 1, Dolce&Gabbana
Hugo Just Different, Hugo Boss

Seringa, Floris
Adorei a matéria!
Tudo que diz respeito ao incenso e a mirra, me interessa 😉
Parabéns!!!
Obrigada, Cássia! De fato, o olíbano é fascinante!
da coleção de árvores míticas junto com a oliveira, a parreira, o loureiro
Exatamente! E mais outras tantas plantas sagradas, para tantos credos… tem pra todo mundo! Mas pra mim sacrossanta mesmo é a cana-de-açúcar, tudo se aproveita dela. Coisa linda! kkkkk