
O nome ‘Juliette has a Gun’ invariavelmente me faz lembrar de outra moça armada. Falo o nome da marca e imediatamente começa a tocar na minha cabeça a música ‘Janie’s Got a Gun’, do Aerosmith… Sei que a situação de cada uma é diferente, Juliette está mais para o fetiche e para a dualidade dominadora-dominada. Enfim, não vou me prolongar nisso, porque a viagem não terá fim…
Ganhei da querida Barbarella uma amostra do Lady Vengeance e achei maravilhoso! Rosas ora inocentes, ora imperativas. Com tonalidades atalcadas e picantes. Rosa trajando couro!
Foi criado pelo festejado Francis Kurkdjian em 2006.
Notas de saída: bergamota, lavanda.
Notas de coração: rosa-da-Bulgária, rosa damascena, molécula Iso E Super, patchouli.
Notas de fundo: ambroxan, baunilha, almíscar branco.
Sobre o ambroxan, leia aqui: http://www.osmoz.com.br/enciclopedia/materias-primas/ambar/43/ambroxan
Sobre a Iso E Super, leia aqui: http://www.osmoz.com.br/enciclopedia/materias-primas/madeira/104/iso-e-super
Lady Vengeance é tapa com luva de pelica! É vingança doce, morna, quase carinhosa! Não ache que a profusão de rosas o torna inocente: as rosas são disfarçadas, com sua beleza e aroma distraem e os espinhos passam ‘batido’…
Não há na listagem de notas olfativas nada referente ao couro, mas sinto sim um toque de couro. As rosas são as grandes estrelas, polvilhadas pelo patchouli terreno e picante, aquecidas pelo tal ambroxan – que remete ao amber gris. As notas amadeiradas soam secas, quase masculinas. A baunilha é tão discreta! Aparece as vezes e empresta momentos de doçura ao perfume. O almíscar branco dá a sensação de conforto e reconhecimento.
No fim, como eu vejo o perfume: uma rosa ‘com tudo planejado’, cheia de subterfúgios! Seduz com a leveza e inocência da lavanda, mostra pétalas macias e tenras. Quando já estamos convencidos, mostra sua outra face: couro, patchouli, âmbar cinzento… E ainda arranja espaço para seduzir a vítima já totalmente entregue com o doce sutil de sua baunilha e a androginia das notas amadeiradas…
Cheia de ‘tarantinismos’, essa Lady…

Ótima resenha Di.
Descreveu ele muito bem!!
Obrigada Erica! Bjos!
Esse não conheço ainda (um pouco de preguiça, confesso), mas gostei muito de uma entrevista com o Romano Ricci, ele meio que comenta sobre esta coisa tarantinesca e sua paixão por rosas…
Juro que não li tal entrevista, a associação foi puro fruto do ‘inconsciente coletivo’! Sintonia total com o Romaninho…
Muito bacana esse perfume. Ele me lembra um filme sul-coreano homônimo ótimo – pra quem tem estômago forte -, que faz parte de uma trilogia igualmente ótima do Chan-Wook Park (opa, sou mega fã do cinema asiático).
Assisti, achei ótimo. Confesso que tenho uma queda forte por filmes beirando o splatter-gore. Se não me engano o primeiro é o Old Boy né?
Oldboy é o segundo. Filmaço.
Aliás, tô morrendo de medo da versão do Spike Lee. Acho completamente desnecessária. Não aceito e ponto. rs
O Spike Lee vai refilmar? Pra que? Aposto que vai dar m….
Não conheço ainda mas amei a descrição!! Maravilhosa! E se lembra “The Bride”, precisa nem dizer que é minha cara o negócio kkkkk.
PS: “Oldboy” é foda!!
Li, acho que você ia gostar mesmo! E sim, Oldboy é fodástico!!!!