Eva Maria Ibarguren, filha ilegítima de Juana Ibarguren (de origem índia) com Juan Duarte ou Eva Duarte Perón, conhecida como Evita – nasceu em 7 de Maio de 1919, numa província remota da Argentina, chamada Los Toldos. Era filha ilegítima, e nunca se esqueceu de como foi humilhada e rejeitada pela sociedade onde vivia, pois as famílias vizinhas não a deixavam brincar com os seus respectivos filhos e nem falar com eles, sendo muitas vezes alvo de piadas grosseiras, preconceituosas e difamatórias. Quando seu pai morreu em um acidente automobilístico em 1926, fora proibida de comparecer ao velório e enterro pela família ‘legítima’.
Em 1934 e com apenas 15 anos de idade, já havia decidido que só se casaria ‘com um príncipe ou um presidente’, e convence Augustin Magaldi, uma cantor de tangos, a levá-la consigo para a capital, levando consigo apenas uma maleta de papelão. A partir de 1935, Eva afasta-se de Magaldi, e começa a trabalhar em clubes noturnos e no teatro. Sobre este assunto da sua vida, Eva declarou que fez o que tinha a fazer, mas nunca foi prostituta, pois aí ‘nunca teria nem futuro nem uma vida’.
Entre 1940 e 1943, a carreira de Eva Duarte (Eva adota definitivamente o sobrenome do seu pai) centra-se fundamentalmente nas emissões de rádio e em filmes, e é nas suas relações com amigos que começa a conhecer oficiais de alta patente do exército argentino, ligados ao poder político, e Eva tudo faz para estabelecer contatos que lhe deem a possibilidade de mais depressa chegar ao topo. Conhece o coronel Juan Peron em 1943, numa festa de angariação de fundos para as vítimas de um desastre natural que acontecera numa região muito pobre do sul argentino. Curiosamente foi Magaldi quem a convidou para essa festa, o que sugere que ambos não teriam cortado definitivamente as relações.
Eva, cuidava da sua imagem, pois arranjava o cabelo estilo Madamme Pompadour, muito elaborado (mas ainda da sua cor natural castanho-escuro), as unhas (de vermelho), vestia blusa com saia-casaco e vestidos elegantes, calçava saltos altos, e ensaiava bem o olhar, as mãos, o corpo.
Eva sabia muito bem que o coronel Juan Peron iria comparecer no evento, e ela tudo faria para o conhecer. Mas Peron vinha acompanhado com uma promissora jovem cantora e possivelmente sua futura esposa. Quando esta foi para o palco cantar tangos, Eva aproveitou a situação e ocupou o lugar da cantora, sentando-se a seu lado e apresentando-se como Eva Duarte. Alguns momentos depois, Juan Peron saía acompanhado com a futura Evita – Eva Peron, sua futura esposa.
Sobre sua biografia, paro por aqui, quem quiser maiores detalhes deixo link de onde tirei as informações anteriores (http://evaperon.no.sapo.pt/mm1.html).
Vimos que Eva era bela, decidida, talentosa e cativante. Conquistou o povo argentino e lá ficou conhecida como ‘Mãe dos Pobres’, pela suas constantes lutas pelos pobres e ‘descamisados’. Inaugurou a Fundação de Ajuda Social, ou como gostava de chamar, Assistência Social. Trabalhava 15 horas por dia, e recebe pessoas muito necessitadas às segundas, quartas e sextas-feiras, passando pouco depois a recebê-las todos os dias da semana. Construiu muitas escolas, creches, hospitais, lares, centros de saúde, ajuda a casas necessitadas, liceus e arranjava também equipamento hospitalar, equipamento escolar, treinava enfermeiras, acompanhantes de idosos e doentes, etc.
Nessa mesma época Evita desfilava roupa de alta costura (Dior, Lanvin, Jacques Fath e Marcel Rochas), jóias de ouro com pedras preciosas, casacos de peles. Seu cabelo agora era louro brilhante, enrolado em um elegante coque banana. Certa vez, quando questionada a respeito do grande luxo que a rodeava na Casa Rosada, Evita afirmou que as joias, as roupas, as peles, os chapéus, as malas, os acessórios “pertenciam ao meu adorado povo, tudo isto lhes pertence, para sempre liderado por Peron, e que por ele vivo, respiro, luto, trabalho”.
E Evita usava perfumes! Seu preferido foi o ‘Femme’, de Marcel Rochas, que em 1966 chegou a ter um frasco em sua homenagem!
Consta ainda que entre seus favoritos estavam ‘Scandal’, da Lanvin e ‘Ambre Canelle’, da Creed.
Evita teve câncer no útero. Mesmo debilitada e com dores fortes, continuou apoiando Juan Peron e lutando por seu povo. Porém, o corpo de Eva degradava-se dia a dia e no quarto da doente pairava um cheiro nauseabundo. Conta-se que Juan Peron, quando lá entrava – o que era muito raro – punha uma máscara que lhe tapava o nariz. Pouco tempo antes de morrer, Eva arrastou-se até ao quarto de Peron para o ver, (ele já tinha como amantes meninas adolescentes e estas vestiam as roupas de Eva) o que o deixou louco e furioso, pondo-se a gritar: “tirem-me esta coisa daqui”… E seus inimigos políticos ‘picharam’ no muro de sua residência um hediondo “viva o câncer”…
No dia 26 de Julho de 1952 e com apenas 33 anos de idade, esta mulher idolatrada por milhões de argentinos, exala a sua última frase – ‘Eva se va’- morrendo de seguida (quando morreu pesava menos de 30 quilos).
Mas vamos nos focar na Eva deslumbrante, loura, vestida pelos maiores nomes da alta costura, exalando perfumes, sorrindo!
E Eva, estavas enganada: você nunca se foi, nunca irá…
Aliás, aproveitem para ver a mostra sobre as jóias e roupas de Evita no Moumbi Shopping, informações aqui:
Fantástica a história dessa mulher em vida e morte…Acredita que não conheço o famoso Femme de Rochas…
Adorei o frasquinho com o busto da Evita.
Tbém achei incrível a história dela! E caí nessa pesquisa tão sem querer… Então Li, comprei faz tempos um Femme na época de ouro da Fragrancex. Veio com sinais claros de oxidação, mas ma pele fica bom depois que perde o aroma alcoólico. Reembolsaram, mas estou louca pra comprar um em boas condições.
Qual o Perfume que ela usava mais? E onde compro para a minha esposa?