Hoje a resenha é mais do que especial! Foi feita pelo querido amigo e amante da boa perfumaria, Jernê Knowles! Vamos ler?
Já experimentei, usei e deixei de usar inúmeros perfumes que se eu tentar contabilizá-los jamais os quantificaria com exatidão, mas nenhum desses pôde obter tanto destaque se comparado ao Pure Gold de Montale. O que me impressionou nesta fragrância foi a forma como ela evolui, bem como sua silagem e fixação quase que eternas… Isso aqui parece que não volatiza NUNCA, como pode isso acontecer numa fragrância?! Não sei se isso é bom ou ruim. Óbvio que devem existir inúmeros outros perfumes de mundo a fora com mesmas características, ou quem sabe até superior. Montale é uma Casa de perfumes de Nicho do Grupo RSS Enterprises e têm suas fragrâncias assinadas por Pierre Montale criador da Casa, que imprimiu em Pure Gold um floral frutal tão intenso e pungente que não é qualquer organismo que seja capaz de aceitá-lo, não. Ora, ele abre com um tapa na cara dado pelo Almíscar de forma tão concentrada que chego a acreditar que o Almíscar do mundo inteiro está ali e juntamente vem um ramalhete de Jasmim do tamanho de Júpiter puxando seus cabelos para trás e avisando que vem mais pancada de uma sociedade composta por Néroli, Baunilhão e Patchouli revoltados. Essa mistura louca inicial me fez recordar o Crystal Aura da AVON, que por sinal era um perfumaço que exalava metros e metros, ele foi descontinuado. Seu coração tem Damasco em caldas com Baunilha e mais Flor de Laranjeira ressecada, dando um aspecto mais sisudo à fragrância, tornando-a ainda maior que no início e também altamente invasiva. Em sua base é perceptível mais Almíscar com um leve cítrico somado a Baunilha e Flores Brancas que vão crescendo, espancando você, chutando seu estômago e lhe fazendo perceber que Pure Gold de Montale é perfume para ser aplicado com palito, ou caso contrário, será morte súbita consciente. Não é de se estranhar uma fragrância das mãos de Pierre Montale possuir tanta notoriedade, uma vez que o mesmo aperfeiçoou suas habilidades perfumísticas na Arábia Saudita criando perfumes para a nobreza do Oriente, daí a peculiaridade de suas fragrâncias serem tão comparadas aos Attar’s e consequentemente assustarem tanto as narinas do público Ocidental. Isso aqui é perfume primeiramente para Sheiks! [risos]… E, falar aqui sobre projeção e fixação seria ultra redundante, então cabe a cada um que ler tirar suas conclusões sobre, se é que elas existam.
Jernê, eu e os leitores do blog te agradecemos por abrilhantar nossa sexta-feira! Beijos, querido amigo!
Jernê, meu Cabotine eterno!
Gente, morri de curiosidade! adorei o jeito que descreveste o perfume, conheço alguns perfumes “punch in the face” que me deixam tonta, e justamente por isso ganham o meu respeito. Morta pra conhecer, quero esse soco na cara tb!!!
Kkkkk
Carla, estou rindo demais do seu comentário! Realmente, Pure Gold é tapa, soco, murro, etc., faz bem a linha dos Attar’s e precisa amar muito para se submeter a agressão que ele proporciona em contato com a pele.
Caramba, que honra poder cooperar com seu rico Blog Diana Alcântara. Estou lisonjeado em ver nossos escritor coadunarem num mesmo espaço regido por um mesmo conhecimento em foco, a perfumaria. Sem palavras para agradecer! ❤
A honra foi toda minha. Nossa: minha e dos leitores agraciados com suas palavras e sua resenha Jernê! Sempre será bem vindo ao blog, estou a sua disposição! Beijos e obrigado!