Black XS for Her, Paco Rabanne

Sabe, eu nasci em 1980. E acho que é um mal de toda a geração 80 ser saudosista. Ou talvez porque de fato, os anos 80 foram os últimos que permitiram a fantasia e a real demonstração do que de fato somos. Depois que vieram os perfumes de ar-condicionado dos anos 90 (entre tantas outras inovações tecnológicas), essa ‘fantasia’ acabou se perdendo…

Fato é que esses dias assisti o trailer do que deveria ser a personificação de um dos desenhos preferidos das meninas da década mágica: Jem e as Hologramas! O desenho era tão, mas tão glam rock que acho que influenciou meu gosto musical para sempre! E tinha a ‘banda rival’, as Desajustadas (Urânia, Roxy, Electra e Jetta). Bom, para mais da história do desenho clica no link aí em cima!

O tal do filme NADA tem a ver com o desenho que em 1988 passava no SBT. Se passa nos dias atuais, não tem brinco de estrela, não tem computador holográfico, não tem cabelo de poodle, não tem glam rock. E eu que pensei que as ‘novas’ Hologramas e a própria Jem cheirariam a Black XS, me enganei. Não merecem o Black XS, não merecem… As meninas do desenho oitentista deviam usar o que? Opium pras Desajustadas e Poison pra banda da Jem?

Enfim, saudosismo, descontentamento e Jem a parte, vamos ao Black XS… O perfume tem uma campanha publicitária focada no rock, em atitude. Teve flanker com o Iggy Pop como garoto propaganda! Teve ‘Heart of Glass’, do Blondie!

Black XS tem um belo frasco e um cheiro bem bom! Começa com notas frutais adocicadas e com o patchouli marcando presença desde o primeiro momento, escuro e achocolatado. Passado algum tempo ele se cansa de doçura arrogante/misteriosa e parte para uma feminilidade mais segura, deixa aparecer as rosas e as violetas que me fazem lembrar de maquiagem e batom. O cacau disputa espaço com o patchouli, mas acabam por se entender e ficam bem bonitos juntos.Lá no final ainda aparece uma baunilha comedida, que vai reforçar a união do patchouli e do cacau. Tem mais coisa, tem uma nota amadeirada e leitosa, lembra um pouco o sândalo mas não é. Tem algo de coco, algo de noz-moscada…

O mais divertido é que o patchouli perceptível nas notas de saída dá uma pinta de macheza às frutinhas! E aí vem o cheirinho boudoir da maquiagem e se junta a descompromissada brincadeira… interessante isso!

Embora seja sim intenso, Black XS tem projeção mediana, se não usado em excesso não vai ferir o sentido alheio.

Foi criado em 2007 por Emilie (Bevierre) Coppermann e Mark BUxton.

Notas de saída: cranberry (oxicoco), pimenta rosa, tamarindo.

Notas de coração: rosa, violeta, cacau.

Notas de fundo: patchouli, baunilha, madeira massoia.

E um último desejo: Paco Rabanne, desejo um flanker que tenha a campanha publicitária estrelada pelo Def Leppard!!!!

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8 comentários sobre “Black XS for Her, Paco Rabanne

  1. Olá Diana! Adorei o post. Era o incentivo que faltava para comprar o Black XS. Nasci nos anos 70 e me orgulho muito de ter curtido os anos 80 e 90 em sua plenitude. Sou dessas aí que você cita como fã dos perfumes aquáticos, ozonicos e com pique de “ar-condicionado”, rs. Mas tenho alguns exemplares que quebram meus paradigmas. Graças a sua resenha e em nome do rock n’ roll, let’s Black Xs. Beijos!

  2. Diiiiii que maravilha esse post!!!
    Olha… as desajustadas eu tb acho que cheiravam a Opium… já a Jem e as Hologramas me remetem mais pro Angel rssssss
    Ai como eu amei os anos 80, eu era criança ainda, mas como sempre fui prafrentex, minha musa era Cindy Lauper! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Black XS em mim é mto especiarado… sinto mto cravo, canela e cardamomo (apesar de não ter) e o fundo da baunilha, não gourmand, mas doce… ele é delício! Bateu saudadinha rsssss
    Bjuxxxx

  3. Diana… finalmente alguém que lembra de Jem e as Hologramas e Turma da Pesada!!! Eu falo desses desenhos e todo mundo me olha como se eu fosse um ET! Lógico que as personagens eram um pretexto para pegar o Boka Loka do estojo de maquiagem e fazer rabiscos nas bochechas – que levavam uma eternidade para sair.
    Black XS é lindo, balada rock’n roll total… mas é mais escuro, falta glitter para acompanhar a vibe Jem. Ainda que com um ‘pezinho’ nos anos 90, acho o Escada Margaretha Ley fiasquentão e brilhoso sob medida!
    “E não há ninguém como Jeeeeem” hahaha

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