Recebi uma amostra através do amigo Henrique. Como grande admiradora dos perfumes da Lalique fiquei curiosa e feliz! Com a imagem de frasco tão belo, com os pássaros dourados e com o descritivo das notas olfativas no interior do cartão que prendia o vidrinho (tem um nome correto para tal aparato onde se encaixam os flaconetes das amostras distribuídas oficialmente pela marca? Se tiver e alguém souber, me conta!), fui experimentar toda empolgada! E não achei tudo isso.
Aí, inconformada, usei a amostra mais vezes, várias vezes, até acabar. E agora que acabou desisti de tentar entender o Living Lalique e resolvi escrever sobre ele assim mesmo…
Não encontrei a grande maioria das notas olfativas descritas em sua composição. Outra coisa, com as notas de saída vêm uma promessa, e essa se perde. Se perde tanto, daquele tipo que você precisa afundar o nariz na pele para captar algo do perfume que você aplicou faz no máximo, 15 minutos. Não é que ‘não fixa’. É que ele é praticamente linear, sem novidades, você fica esperando os pássaros dourados alçarem vôo e nada…
Os primeiros 15 minutos de uso do Living me fizeram pensar no Midnight in Paris e no que viria pela frente! Começa com notas imponentes de sândalo, noz moscada, pimenta e algo brevemente cítrico e herbal. Ai, como me empolguei…
Daí surgem com força a fava tonka e o vetiver, que juntos tem uma ‘vibe’ de mirra, de resina doce e picante.
Depois de algumas horas de projeção discreta aparecem madeiras claras e mornas, (daquela já conhecida de outros carnavais, sem novidades) e baunilha alcoólica, como que um licor.
E para mim acabou aqui. Que pena que não nos entendemos, Living Lalique…
Ah, ele é perfeitamente compartilhável viu?
Notas de saída: bergamota, menta, lavanda.
Notas de coração: noz moscada, rosa, pimenta preta, íris.
Notas de fundo: cedro, ládano, orris (raiz de íris), sândalo, vetiver, fava tonka, baunilha, madeira de Caximira (cashmeran).