Cinnamomun: deriva de amomon, palavra do hebraico e árabe que significa ‘planta de tempero perfumado‘. E estamos em época de Natal! E ao menos no Natal dos meus sonhos (que teria neve e aconteceria em uma chalé com lareira e chaminé nos Alpes) a cozinha cheiraria a biscoitos de canela com gengibre…
Vale lembrar que isso é uma republicação, o texto original apareceu no blog em 02/10/2014.
A canela usada na culinária começa é a casca interna de uma grande árvore de seis a 10 metros de altura, mais frequentemente cultivada no Sri Lanka (o antigo Ceilão). A canela é usada desde a antiguidade por gregos, romanos, hebreus, indianos e chineses, utilizada para fins religiosos e aromáticos, tratada como uma especiaria de comércio extremamente lucrativo. Os chineses a tratavam como ‘madeira doce’ e a consideram símbolo de sabedoria. Além desse tipo de canela existe outra espécie chamada de ‘canela falsa’ muito mais barata, cultivada na China e seu nome científico é ‘cinnamomum cassia’. Até a canela que vem da China é falsificada, vê se pode! Provavelmente consumimos Cássia a vida toda pensando ser canela…
É mencionada em na Bílbia diversas vezes: em Êxodo 30:23, quando Deus ordenou a Moisés o uso da canela doce e cássia, e em Provérbios 7:17-18, quando um leito nupcial é perfumado com mirra, aloe vera e canela.
No início do século XVI era trazida por comerciantes portugueses diretamente do Ceilão, chegando um quilograma a valer dez gramas de ouro. O comércio português no Oriente foi perdido progressivamente para a Companhia das Índias Orientais holandesa, que se apoderou dos entrepostos portugueses na região a partir de 1638: “As margens da ilha estão repletas dessa planta, relatou um capitão holandês, e é a melhor de todo o oriente: quando uma pessoa está no litoral, pode-se sentir o aroma a oito léguas de distância“.
Iluminura: Mercador de Canela, retirada daqui.
A árvore da canela chega a atingir até 10 metros de altura. Sua casca é extraída dos ramos e comercializada em pau, raspas e pó. É utilizada na culinária, na fabricação de bebidas, medicamentos, sabonetes e perfumes. O óleo da canela é obtido através das folhas por destilação a vapor. O aroma e o sabor da canela são marcantes, ligeiramente amarga, cheirosa e doce. Deve ser guardado em vidros esterilizados, bem fechados e longe de umidade.
O óleo também pode ser destilado da casca – muito mais potente e menos utilizado.
Principais componentes da canela: a casca contém cerca de 40 a 50% de cinamaldeído, e entre 4 e 10% de eugenol. A folha tem 3% de cinamaldeído e entre 70 e 90% de eugenol. A canela também contém linalol, acetona de metilamina e outros componentes. O aroma da canela: doce, quente e apimentado. O sabor e aroma intensos vêm do aldeído cinâmico ou cinamaldeído.
Combate à hipertensão arterial, fadiga, depressão, é tônico para o sistema respiratório e digestivo, age na cura das úlceras estomacais, tosses, resfriados, gripes, diarréia, dores e gases abdominais. Ajuda a prevenir a osteoporose e aliviar sintomas da menopausa, combate o reumatismo, como afrodisíaco atua em casos de impotência sexual. Existem ainda inúmeras aplicações medicinais, que são obtidas através da mistura com o mel. O óleo de canela atua contra as dores artríticas, musculares e reumáticas. Combate o stress, a frigidez e a impotência, as gripes e resfriados, as infecções microbianas, a neurastenia ou qualquer tipo de estagnação física, emocional ou mental. É um forte estimulante circulatório, cardíaco, metabólico e respiratório, ajuda a relaxar os músculos. Use duas a quatro gotas por 30 mililitros de óleo vegetal.
Fontes: http://saude.hsw.uol.com.br/aromaterapia-canela.htm
http://aromaterapiadapaula.blogspot.com.br/2012/12/potencialidades-do-oleo-de-canela.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Canela
http://prosimetron.blogspot.com.br/2013/09/pagar-em-especie.html